Biografia e composições de Ruy Coelho
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Biografia e composições de Ruy Coelho



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Ruy Coelho foi um compositor português. É considerado o principal dinamizador da ópera portuguesa do século XX. Estudou no Conservatório Nacional e em Berlim, onde teve contato com Schoenberg e Humperdinck. Encontrou em Teófilo Braga e Afonso Lopes Vieira alguns de seus mais fortes incentivadores e em Fernando Lopes Graça, o maior caluniador. Sua obra, que já suscitou numerosas polêmicas quanto ao estilo e à qualidade, caracteriza-se pela tentativa constante de criar peças de raiz nitidamente portuguesa. 

Desde sua primeira ópera, O Serão da Infanta, que o próprio compositor destruiu, até as composições mais recentes, Ruy Coelho sempre procurou escrever peças sobre assuntos portugueses, buscando para tal alguns dos momentos mais significativos da História de Portugal. Citem-se, como exemplo, as Sinfonias Camonianas e a oratória Fátima. Com as Canções de Saudade e Amor (1918) introduziu o lied em Portugal e com A Princesa dos Sapatos de Ferro (obra de 1918 com argumento de Antônio Ferro) iniciou em Portugal a música de balé.

Em 1942 e 1943 dirige a Orquestra Filarmónica de Berlim no Coliseu, regendo excertos da sua Ópera Tá-Mar.

Em 1946 dirige a Orquestra da Rádio de Espanha, em Madrid, regendo Passeios d?Estio e Concerto para Piano e Orquestra nº1.

Em 1949 dirige a Orquestra Colonne, na sala Gavean em Paris, regendo Rondó Alentejano, Jardim Chimérico, Noites nas Ruas da Mouraria, Passeios d?Estio, Feira, 6 Canções Populares Portuguesas e Peninsulares.

Durante a década de 1940 colabora como compositor em diversas produções da Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio.

Envolveu-se em várias polêmicas, como era típico no meio artístico da época: a primeira, com apenas vinte e um anos, quando, durante uma curta estadia em Lisboa, toma conhecimento do êxtase da crítica perante uma sonata de Luís de Freitas Branco, e reage, acusando-o de ter copiado César Franck, demonstrando os seus argumentos ao piano no Salão Nobre do Conservatório; com vinte e quatro anos, com o governo de Afonso Costa, devido ao episódio do "Serão da Infanta"; posteriormente, com várias Direcções do Conservatório, que acusa de incompetência, de má gestão, e até de apropriação de bens públicos; com a Direcção do S. Carlos, já durante o Estado Novo, por não cumprir a lei que obrigava a uma determinada percentagem de exibições de música portuguesa; com Lopes Graça, que inicialmente o "aplaudira entusiasticamente", e outros da Revista Seara Nova, que o atacaram e com quem trocou livros recheados de insultos.

Recebeu os elogios de compositores como Falla, que muito admirava e com quem trocava partituras por correspondência, bem como de inúmeros críticos, e de músicos, cantores, cenógrafos, escritores que com ele colaboraram. Exibiu as suas obras por todo o país, levando a música erudita a locais tão improváveis na época como: Amadora, Almada, Aveiro, Alcácer, Beja, Covilhã, Évora, Funchal, Santarém, e tantos outros. Exibiu as suas obras em vários países europeus (levou, em 1959, as primeiras companhias portuguesas de Ópera a Paris, e em 1961 a Madrid) e sul-americanos. Segundo José Blanc de Portugal, a obra orquestral de Ruy Coelho terá sido mais divulgada no estrangeiro do que em Portugal. Compôs música para filmes como "Alla-Arriba!" de 1942 e "Camões" de 1946, ambos de Leitão de Barros, ou "Rainha Santa", uma co-produção luso-espanhola. Escreveu manifestos, livros, crónicas e críticas em jornais, a maioria no Diário de Notícias, onde colaborou durante muitos anos e de onde foi saneado por Saramago durante o PREC (voltando a escrever, de 1979 a 83, umas crónicas intituladas "Histórias da Música"). Foi pianista, muitas vezes empresário dos seus concertos ou edições, maestro, mas foi, fundamentalmente, compositor, tendo escrito obras musicais de vários géneros. Para além de Óperas e Bailados, Música Sinfónica e de Câmara, Lieder e Música Religiosa, até curiosamente o Hino da Cidade de Lisboa e o famoso Fado de Coimbra "O Beijo", sobre poema de Afonso Lopes Vieira, que tendo sido popularizado por António Menano, é por vezes erradamente atribuído a esse célebre fadista. Conhecem-se colaborações suas na revista Atlântida.





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