Biografia e composições de Zequinha de Abreu
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Biografia e composições de Zequinha de Abreu



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Zequinha de Abreu foi um compositor brasileiro. Foi o primeiro dos oito filhos do boticário José Alacrino Ramiro de Abreu e Justina Gomes Leitão. A mãe queria que ele fosse padre e o pai, que se formasse médico. Mas aos seis anos, ele já mostrava vocação musical, tirando melodias da flauta. Durante o curso primário organizou uma banda na escola, da qual era o regente. Com 10 anos, tocava requinta, flauta e clarineta na banda e ensaiava suas primeiras composições.

Zequinha de Abreu estudou em Santa Rita e no Colégio São Luís de Itu. Em 1894 foi para o Seminário Episcopal de São Paulo, onde apreendeu harmonia. Aos 17 anos voltou para sua cidade e fundou sua orquestra para se apresentar em saraus, bailes, aniversários, casamentos, serestas e em cinemas, acompanhando os filmes mudos. Nessa época, fez suas primeiras composições, como "Flor da Estrada" e "Bafo de Onça".

Aos 18 anos já estava casado com Durvalina Pires Brasil, de14. O casal viveu alguns meses no Distrito de Santa Cruz da Estrela, atual Jacerandi, próximo a Santa Rita. Cuidavam de uma farmácia e de uma classe de ensino primário. De volta à sua cidade, Zequinha coordenou o trabalho da orquestra com os cargos de secretário da Câmara Municipal e de escrevente da Coletoria Estadual. A exemplo de seu pai, também teve oito filhos, todos batizados com nomes começados com a letra D: Durval, Dermeval, Dinorah, Doríval, Diva, Dirce...

No final da década de 1910 compôs de improviso a valsa "Branca", em homenagem a Branca Barreto, filha do chefe da estação ferroviária de sua cidade. Tornou-se um clássico do repertório brasileiro de então.

Em 1917, durante um baile, apresentou um choro e ficou surpreso com a reação entusiasmada dos pares de dança. Batizou a música de "Tico-Tico no Farelo", mas, como já existia um choro com o mesmo nome na época (composto por Américo Jacomino), resolveu pôr "Tico-Tico no Fubá". Apesar da boa acolhida, o choro só seria gravado quatorze anos depois, pela Orquestra Colbaz, dirigida pelo maestro Gaó. Interpretada por dezenas de artistas, tornou-se um dos maiores sucessos da música brasileira no século 20, inclusive no exterior.

Zequinha mudou-se para a capital paulista em setembro de 1920, logo após o falecimento do pai. Em São Paulo, seu ritmo de trabalho aumentou. Ele se apresentava no Bar Viaduto, na Confeitaria Seleta, em clubes, cabarés, "dancings" e festas. Seu piano, conjuntos e músicas eram muito requisitados. Incansável, ainda dava aulas de piano e aproveitava para vender as partituras de suas músicas nas casas que freqüentava.

Trabalhava também na Casa Beethoven, atraindo fregueses e curiosos que passavam na Rua Direita. Mostrava no piano os últimos lançamentos musicais. Foi lá que conheceu Vicente Vitale, com quem iniciaria uma grande amizade e uma ligação importante. Os irmãos Vitale iniciavam uma editora musical que iria lançar vários de seus sucessos. Além disso, ofereceram a Zequinha um contrato de exclusividade, com a obrigação de entregar uma música nova a cada mês, em troca de um ordenado fixo.

Suas músicas foram gravadas inclusive por Lúcio Alves, que cantou "Pé de Elefante", "Rosa Desfolhada" (ambas em parceria com Dino Castelo). "Aurora" (com Salvador Morais) e "Amor Imortal" (com Braguinha).

Zequinha não possuía ambição e sempre ajudava os amigos necessitados. Falava pouco, mas sorria bastante. Na boemia, fazia-se acompanhar dos filhos Durval e Dermeval, improvisando ao piano canções durante horas, com a cervejinha do lado. "Escrevia música tão depressa como qualquer pessoa que sabia escrever ligeiro" - dizia Hermes Vieira, seu amigo e letrista, que usava o pseudônimo de Naro Demóstenes.

Dois anos antes de morrer, fundou a banda Zequinha de Abreu. Dezessete anos após sua morte, os cineastas Fernando de Barros e Adolfo Celi e a Companhia Vera Cruz homenagearam o compositor com o filme "Tico-Tico no Fubá" (1952) com Anselmo Duarte e Tônia Carrero nos principais papéis.





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