Sangue
Você já sabe que o sangue transporta nutrientes, gases respiratórios, hormônios e resíduos do metabolismo. Embora o sangue pareça um líquido vermelho completamente homogêneo, ao microscópio óptico podemos observar que ele é constituído basicamente de: plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
O plasma é a porção líquida do sangue, contém água (mais de 90%), proteínas e sais minerais diversos, glicose e vitaminas, entre outras substâncias.
Glóbulos vermelhos ou hemácias: conceito e funções
Os glóbulos vermelhos são corpúsculos vermelhos do sangue. Um milímetro cúbico do sangue contém cerca de cinco milhões de corpúsculos ou glóbulos vermelhos, chamados também de eritrócitos ou hemácias. Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada normal e uma de 8 milhões pode ser encontrada em indivíduos que vivem em regiões de grande altitude. Esse número pode ser menor que 1 milhão em caso de anemia grave. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina.
Não possuem núcleo e apresentam a forma de disco côncavo em ambos os lados. A forma discoide e a concavidade em ambos os lados garantem uma superfície relativamente grande para a captação e a distribuição de gás oxigênio.
A cor vermelha das hemácias se deve à presença do pigmento hemoglobina. O gás oxigênio se combina com a hemoglobina, formando a oxiemoglobina. Nos tecidos, essa combinação é desfeita e o gás oxigênio passa para o interior das células. Assim, as hemácias promovem o transporte e a distribuição de gás oxigênio para todas as partes do corpo.
As hemácias duram cerca de 90 a 120 dias. Após esse período elas envelhecem e morrem e na própria medula óssea são repostas.
A função principal dos glóbulos vermelhos é transportar oxigênio dos pulmões, para os outros tecidos e células do corpo. E como eles conseguem fazer isso? Bem, a hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos é uma proteína, que se liga às moléculas de oxigênio inalado. Quando uma pessoa inala, o oxigênio da atmosfera entra no corpo através da narina e atinge os pulmões. No dos pulmões, as moléculas de hemoglobina ligam-se às moléculas de oxigênio e mover-se para o coração. A partir do coração, o sangue contendo oxigênio mesmo é bombeado para o resto das partes do corpo (músculos, tecidos e outros órgãos). As moléculas de hemoglobina, em seguida, libertar as moléculas de oxigênio para as células do corpo. Basicamente, a hemoglobina leva o oxigênio a partir de áreas de alto nível de oxigênio e libera-los em áreas de baixo oxigênio a nível do corpo. Assim, os glóbulos vermelhos realmente executar a função de transporte de sustentação da vida de oxigênio para as diferentes partes do corpo.
A outra função da célula de sangue vermelho é parcialmente transportar o dióxido de carbono, que é um produto de resíduos de atividades metabólicas no corpo. O dióxido de carbono é efetivamente formado nas células, como resultado das reações químicas que têm lugar. Este produto residual é então excretados através do plasma do sangue e os glóbulos vermelhos. Enquanto os RBCs desempenhar um papel importante na eliminação de dióxido de carbono a partir das células, o plasma sanguíneo também é responsável por uma pequena quantidade de remoção de dióxido de carbono. A hemoglobina nos glóbulos vermelhos ligar as moléculas de dióxido de carbono para formar carbaminohaemoglobin. No entanto, ao contrário de moléculas de oxigénio, as moléculas de dióxido de carbono não se ligam à parte de ferro da hemoglobina. Em vez disso, eles combinam com os grupos de aminoácidos nas cadeias de hemoglobina polipeptídicas. Assim, os glóbulos vermelhos de dióxido de carbono de transporte a partir das várias células do corpo e levá-los para os pulmões, de onde é descartado por exalação.
Alterações morfo-fisiológicas dos eritrócitos
Eritrócitos Normais
A imagem abaixo mostra um esfregaço de sangue em lâmina de vidro observado em microscópio sob objetiva de imersão a óleo. Observa-se eritrócitos (hemácias) normocrômicas indicando boa saturação de hemoglobina. No centro, observamos um neutrófilo segmentado. As estruturas menores, densas, são as plaquetas.
Eritrócitos Normais
Através do exame do esfregaço sanguíneo em lâmina de vidro observado em microscópio sob objetiva de imersão a óleo, podemos observar alterações de forma e tamanho, importantes para caracterizar desde deficiências, como a hipocromia e microcitose da anemia carencial, como a macrocitose da carência da vitamina B12 e do acido fólico, como a esferocitose, eliptocitose e drepanocitose das anemias congênitas.
Drepanocitose
Bastante comum no Brasil devido a alta prevalência na raça negra, a Anemia Falciforme é caracterizada pela existência de hemácias falciformes (em forma de foice) ou drepanócito.
Drepanocitose
Esferocitose e Eliptocitose
A esferocitose congênita é caracterizada por um esfregaço em que as hemácias são pequenas e redondas: esferócitos, ocorrendo na anemia hemolítica por exemplo. Neste esfregaço ainda observamos um linfócito normal.
Na eliptocitose as hemácias são alongadas ou ovais, ocorrendo em diversas formas de anemia e anomalias.
Esferocitose
Eliptocitose
Hipocromia e Microcitose
A imagem mostra uma intensa hipocromia caracterizada pelo descoramento das hemácias que se apresentam com o centro pálido. A microcitose (hemácias de tamanho pequeno), e a acentuada anisocitose (variação muito grande no tamanho das hemácias) e poiquilocitose (variação quanto a forma), caracterizam uma grave anemia por deficiência de ferro.
Glóbulos brancos ou leucócitos: conceito, funções e classificação
Os glóbulos brancos ou leucócitos são as células de defesa do organismo que destroem os agentes estranhos, por exemplo, as bactérias, os vírus e as substâncias tóxicas que atacam o nosso organismo e causam infecções ou outras doenças. Leucócito é uma palavra composta, de origem grega, que significa ?célula branca?: leuco significa ?branco? e cito, ?célula?.
Os leucócitos constituem o principal agente do sistema de defesa do nosso organismo, denominado também de sistema imunológico. No sangue, há de vários tipos, de diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo.
Classificação dos Leucócitos ou glóbulos brancos
Os leucócitos são classificados de acordo com a granulosidade do citoplasma e a quantidade de lóbulos nucleares. Sendo assim, são divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos.
Os granulócitos apresentam grânulos específicos em seu citoplasma e são classificados em três tipos, conforme a afinidade dos grânulos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Já os agranuloides podem ser monócitos e linfócitos.
Neutrófilos
São os mais numerosos,cerca de 55 a 65% do total de leucócitos. As células mais jovens são conhecidas por ?neutrófilos em bastonete?, devido ao núcleo não segmentado em forma de bastonete. Já os neutrólios mais velhos possuem o núcleo segmentado em lobos, em número que varia de dois a cinco, sendo denominados ?neutrófilos segmentados?.Os neutrófilos são móveis e fagocitários. São a primeira linha de defesa do organismo, já que são atraídos pela quimiotaxia até os microorganismos patogênicos, destruindo-os.
Eosinófilos
Com núcleo bilobado e com o citoplasma preenchido por muitos grânulos róseos. Móveis e fagocitários, atuam nos organismos envolvidos por reações alérgicas. Os eosinófilos liberam a hidrocortizona, um hormônio que diminui essas reações alérgicas e a quantidade de eosinófilos no sangue.
Basófilos
Normalmente em pequeno número, cerca de 0,5% do total de leucócitos, possuem um núcleo irregular em forma de ?S?. Os basófilos são móveis e fagocitários, possuem uma função desconhecida, que acredita-se ser a liberação da heparina no sangue, uma espécie de coagulante. Isso supostamente estaria ligado a processos alérgicos e inflamatórios.
Linfócitos
Possuem um núcleo regular e que ocupa quase todo o volume da célula. Ativamente móveis, circulam sempre através do sangue, pelos linfonodos, baço e tecido conjuntivo. Sua função é garantir imunidade aos organismos. Os linfócitos são classificados em ?T? e ?B?. Os linfócitos T possuem um ciclo de vida maior, podendo chegar a anos, formando-se na medula óssea e migrando posteriormente até o timo. Os linfócitos B vivem menos, algumas semanas, e também são formados na medula óssea e, quando estimulados, migram para o tecido conjuntivo, convertendo-se em plasmócitos, produtores de anticorpos.
Os linfócitos são responsáveis pelas respostas de base celulares, relacionadas à rejeição de enxertos. Alguns linfócitos, em contato com um antígeno, passam a fazer parte das células de memória imunológica.
Monócitos
Células grandes com núcleo na forma de rim ou ferradura. Ativamente móveis, os monócitos saem da circulação sanguínea para chegar ao tecido conjuntivo, tornando-se macrófagos. São ativos na fagocitose de micro-organismos patogênicos.
Anticorpos, vacinas e soros
As vacinas são produtos constituídos por microorganismos mortos ou atenuados (enfraquecidos) ou, ainda, por toxinas produzidas por esses microorganismos inativadas em laboratório. Assim, as vacinas contêm antígenos incapazes de provocar a doença, mas capazes de induzir o nosso organismo a produzir anticorpos, Dessa forma, se o indivíduo, depois de vacinado, entrar em contato com esses microrganismos, o corpo já terá anticorpos suficientes para sua defesa.
É importante que todas as crianças sejam vacinadas segundo recomendações médicas. Nos postos de saúde são aplicadas vacinas contra muitas doenças, como a tuberculose, o tétano, a difteria, a coqueluche, o sarampo e a paralisia infantil. É necessário que os pais levem seus filhos para tomarem as vacinas na época certa. Quando tomadas adequadamente, as vacinas imunizam a pessoa contra às doenças as quais se destinam.
Entretanto, o corpo de uma pessoa pode ser invadido por um micro-organismo contra o qual ainda não está protegido. Suponha que a ação desse microorganismo seja rápida e devastadora e que a pessoa não tenha tempo hábil para produzir anticorpos. Nesse caso, é preciso que a pessoa receba o soro terapêutico, que já contém os anticorpos necessários à inativação dos antígenos.
A ciência moderna dispõe de soros terapêuticos contra a ação de toxinas produzidas por certos microorganismos (exemplo: soro antitetânico, que combate o tétano, doença causada por um tipo de bactéria), e também contra toxinas presentes no veneno de certos animais, como cobras peçonhentas (soro antiofídico). Assim, enquanto as vacinas contêm antígenos e induzem o organismo a produzir anticorpos, os soros já contêm anticorpos prontos. As vacinas, graças às ?células de memória?, que podem garantir uma imunidade duradoura; os soros curam a doença, proporcionando uma proteção rápida, mas temporária.
As plaquetas: conceito e funções
As plaquetas são fragmentos celulares bem menores que as células sanguíneas, ou seja, menores que as hemácias e os leucócitos. A principal função das plaquetas está relacionada à formação de coágulos, auxiliando de forma indireta na defesa do organismo. Quando há um ferimento com rompimento do vaso sanguíneo, ocorre uma série de eventos que impedem a perda de sangue.
A coagulação ou formação de coágulo, que faz parte desse processo, se dá quando filamentos de uma proteína do plasma transformada, formam uma espécie de rede e impedem a passagem do sangue. O coágulo evita hemorragia, isto é, a perda de sangue que pode ocorrer na superfície do corpo ? por exemplo, na pele do braço ou da mão ? ou nos órgãos internos, como estômago e intestino. À medida que o vaso sanguíneo vai se cicatrizando, o coágulo seca e é reabsorvido pelo organismo.
Em um organismo normal, os níveis de concentração para este elemento sanguíneo, geralmente oscila entre 150.000 e 400.000 plaquetas por mm³ de sangue, aproximadamente 1% do volume do sangue.
Uma pessoa com problemas na medula óssea, ou com alguma doença, como leucemia, câncer, anemia aplástica, que prejudica a produção de plaquetas, correm o perigo de terem hemorragias incontroláveis, e não sendo realizada uma transfusão, pode ocasionar a morte.
Essas pessoas que apresentam complicações na produção de plaquetas precisam receber transfusões frequentemente, até que o organismo volte a funcionar normalmente, fabricando suas plaquetas.
Os grupos sanguíneos
O fornecimento seguro de sangue de um doador para um receptor requer o conhecimento dos grupos sanguíneos. Estudaremos dois sistemas de classificação de grupos sanguíneos na espécie humana: os sistemas ABO e Rh. Nos seres humanos existem os seguintes tipos básicos de sangue em relação aos sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos. Nas hemácias humanas podem existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. De acordo com a presença ou não dessas hemácias, o sangue é assim classificado:
No plasma sanguíneo humano podem existir duas proteínas, chamadas aglutininas: aglutinina anti-A eaglutinina anti-B.
Se uma pessoa possui aglutinogênio A, não pode ter aglutinina anti-A, da mesma maneira, se possui aglutinogênio B, não pode ter aglutinina anti-B. Caso contrário, ocorrem reações que provocam a aglutinação ou o agrupamento de hemácias, o que pode entupir vasos sanguíneos e comprometer a circulação do sangue no organismo. Esse processo pode levar a pessoa à morte.
Na tabela abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e o tipo de aglutinina existentes em cada grupo sanguíneo:
Grupo sanguíneo | Aglutinogênio | Aglutinina |
A | A | anti-B |
B | B | anti-A |
AB | A e B | Não possui |
O | Não possui | anti-A e anti-B |
A existência de uma substância denominada fator Rh no sangue é outro critério de classificação sanguínea. Diz-se, então, que quem possui essa substância no sangue é Rh positivo; quem não a possui é Rh negativo. O fator Rh tem esse nome por ter sido identificado pela primeira vez no sangue de um macaco Rhesus.
A transfusão de sangue consiste em transferir o sangue de uma pessoa doadora para outra receptora. Geralmente é realizada quando alguém perde muito sangue num acidente, numa cirurgia ou devido a certas doenças.
Nas transfusões de sangue deve-se saber se há ou não compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor. Se não houver essa compatibilidade, ocorre aglutinação das hemácias que começam a se dissolver (hemólise). Em relação ao sistema ABO, o sangue doado não deve conter aglutinogênios A; se o sangue do receptor apresentar aglutininas anti-B, o sangue doado não pode conter aglutinogênios B.
Em geral os indivíduos Rh negativos (Rh-) não possui aglutininas anti-Rh. No entanto, se receberem sangue Rh positivo (Rh+), passam a produzir aglutininas anti-Rh. Como a produção dessas aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, na primeira transfusão de sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-, geralmente não há grandes problemas. Mas, numa segunda transfusão, deverá haver considerável aglutinação das hemácias doadas. As aglutininas anti-Rh produzidas dessa vez, somadas as produzidas anteriormente, podem ser suficientes para produzir grande aglutinação nas hemácias doadas, prejudicando os organismos.
O sistema linfático
O sistema linfático consiste de: 1) uma rede extensa de capilares e amplos vasos coletores
(vasos linfáticos) que recebem líquido tecidual do corpo e transportam para o sistema cardiovascular; 2) linfonodos que servem como filtros do líquido coletado pelos vasos; e 3) órgãos linfóides, que incluem linfonodos, tonsilas, o baço e o timo.
Os sistema linfático está intimamente relacionado anatômica e fisiologicamente ao sistema cardiovascular. O líquido (porção líquida do sangue e proteínas plasmáticas) que se acumula nos espaços entre as células dos tecidos conjuntivos frouxos é denominado líquido extracelular.
Quando esse líquido se acumula os tecidos incham, apresentando uma condição denominada de edema.
O papel do sistema linfático é o de retornar o excesso de líquido extracelular e proteínas plasmáticas para a corrente circulatória e, desta forma prevenir a formação de edemas.
VASOS LINFÁTICOS
O líquido extracelular após penetrar no sistema linfático (capilares linfáticos) chama-
Os linfonodos são órgãos pequenos, arredondados ou em forma de feijão, que estão distribuídos ao longo do curso de vários vasos linfáticos.
Existem grupos de linfonodos na axila, virilha
e pescoço, bem como em várias regiões profundas do corpo.
A linfa penetra nos linfonodos através de vasos linfáticos aferentes, onde é lentamente filtrada por estruturas denominadas seios. Após filtrada, a linfa deixa os linfonodos através do vasos linfáticos eferentes.
Os microorganismos e partículas estranhas
(bactérias) que são retidos nos linfonodos através da filtragem da linfa, são prontamente destruídos pelas células fagocíticas (os macrófagos).
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
Destruição de bactérias e remoção de
partículas estranhas: remoção através dos fagócitos, principalmente os macrógafos, que estão presentes nos linfonodos.
Respostas imunes específicas: participação da produção de anti-corpos que destroem as substâncias invasoras.
Retorno do líquido extracelular para a corrente sanguínea as proteínas que são deixadas pelos capilares sanguíneos no líquido extracelular são devolvidos ao sangue através do sistema linfático, uma vez que se estas permanecessem nos espaços extracelulares, a pressão osmótica aumentaria muito.
ÓRGÃOS LINFOIDES
Além dos linfonodos, existem vários órgãos
linfoides, sendo eles o baço, o timo e as tonsilas.
Baço: é o maior órgão linfóide, localizado entre o fundo do estômago e o diafragma. Seu tamanho aproximado é de cerca de 12 cm, todavia seu peso e tamanho variam de pessoa para pessoa.
As funções do baço incluem produção de anticorpos, fagocitose de glóbulos vermelhos velhos e partículas estranhas ao corpo. O baço atua como um filtro para a corrente sanguínea muito mais que os linfonodos para a corrente linfática.
O baço serve também, como um reservatório de sangue (embora com capacidade limitada ?
200 ml).
Timo: é uma massa bilobada de tecido linfoide localizada abaixo do esterno, na região do mediastino anterior. Ele aumenta de tamanho durante a infância, quando então começa a atrofiar-se lentamente.
O timo confere a determinados linfócitos a capacidade de se diferenciarem e maturarem em células que podem efetuar o processo de imunidade mediada por células. Há evidências de que o timo também produz um hormônio que pode continuar a influenciar os linfócitos após eles terem deixado a glândual.
Tonsilas: as tonsilas são massas pequenas de tecido linfoide incluídas na mucosa de revestimento das cavidades bucal e faríngea.
As tonsilas palatinas (amígdalas) estão localizadas na parede póstero-lateral da garganta, uma de cada lado. As tonsilas faríngeas se localizam na parede posterior da parte nasal da faringe. Ambas as tonsilas atuam como uma defesa adicional contra invasão bacteriana.
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
Destruição de bactérias e remoção de partículas estranhas: remoção através dos fagócitos, principalmente os macrófagos, que estão presentes nos linfonodos.
Respostas imunes específicas: participação da produção de anti-corpos que destroem as substâncias invasoras.
Retorno do líquido extracelular para a corrente sanguínea: as proteínas que são deixadas pelos capilares sanguíneos no líquido extracelular são devolvidos ao sangue através do sistema linfático, uma vez que se estas permanecessem nos espaços extracelulares, a pressão osmótica aumentaria muito.
Fontes: http://www.afh.bio.br/cardio/Cardio1.asp
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Circulacao2.php
http://www.webciencia.com
http://www.infoescola.com
http://www.dombosco.sebsa.com.br
Exercícios sobre sistema circulatório
1) (UFPE) A partir dos capilares venosos o sangue circula para:
a) Vênulas-veias-coração-artérias-arteríolas-capilares arteriais.
b) Capilares arteriais-arteríolas-artérias-coração-veias-vênulas.
c) Arteríolas-artérias-coração-veias-vênulas-capilares arteriais.
d) Coração-arteríolas-artérias-capilares arteriais-veiais-vênulas.
e) Capilares arteriais-vênulas-arteríolas-veias-artérias-coração.
2) (UFRRJ) Em relação ao esquema acima foram feitas as seguintes afirmações:
I ? As plaquetas e células dos tecidos lesados liberam tromboplastina, que junto com íon cálcio e a vitamina K catalisam uma reação que propicia a transformação de protrombina em trombina.
II ? A trombina é uma proteína plasmática constantemente ativa que catalisa a transformação do fibrinogênio em fibrina.
III- A protrombina e o fibrinogênio são proteínas plasmáticas ativas presentes no sangue, o que pode acarretar a formação de coágulos nos vasos sangüíneos.
Analisando tais afirmativas, pode-se dizer que
a) somente I está correta.
b) somente I e II estão corretas.
c) somente II está correta.
d) somente II e III estão corretas.
e) somente I e III estão corretas .
3) (PUC-MG) As coronárias têm um papel determinante na ocorrência do infarto do miocárdio porque são:
a) cordões nervosos responsáveis pelos estímulos cardíacos.
b) vasos linfáticos que mantêm a hidratação adequada do coração.
c) artérias que levam oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco.
d) veias que drenam o sangue proveniente do ventrículo esquerdo.
e) artérias que canalizam o sangue para o interior do coração.
4) (PUC-MG) A função do nódulo sinoatrial no coração humano é:
a) regular a circulação coronariana.
b) controlar a abertura e fechamento da válvula tricúspide.
c) funcionar como marcapasso, controlando a ritmicidade cardíaca.
d) controlar a abertura e fechamento da válvula mitral.
e) controlar a pressão diastólica da aorta.
5) (UFF) Uma das principais funções do sistema circulatório é a troca de substância nos tecidos. Estas trocas ocorrem com a saída e o retorno de líquidos para os vasos sangüíneos, pela diferenças das pressões hidrostática e coloido-osmótica do sangue ao longo dos capilares.
Com relação ao retorno do líquido, assinale a afirmativa correta:
a) a pressão coloido-osmótica não interfere no retorno de líquido para a circulação sangüínea.
b) do lado arterial dos capilares, devido à pressão hidrostática menor, ocorre retorno de líquido para a circulação.
c) a pressão hidrostática do capilar venoso, por ser mais elevada, determina o retorno de líquido para a circulação venosa.
d) devido à queda progressiva da pressão hidrostática ao longo do capilar, ocorre retorno de líquido para a circulação, principalmente, na porção venosa.
e) o retorno de líquido é para o capilar venoso da grande circulação e para o capilar arterial da pequena circulação.
6) (FUVEST) No coração dos mamíferos há passagem de sangue:
a) do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo;
b) do ventrículo direito para o átrio direito;
c) do ventrículo direito para o ventrículo esquerdo;
d) do átrio direito para o átrio esquerdo;
e) do átrio direito para o ventrículo esquerdo.
7) (Fund. CARLOS CHAGAS) A função das válvulas existentes nas veias é:
a) retardar o fluxo sanguíneo;
b) impedir o refluxo de sangue;
c) acelerar os batimentos cardíacos;
d) retardar as pulsações;
e) reforçar as paredes dos vasos.
8) (UFPB) A válvula, localizada no orifício átrio ventricular direito, para impedir o refluxo de sangue no coração dos mamíferos, chama-se:
a) bicúspide
b) aórtica
c) mitral
d) pulmonar
e) tricúspide
9) (PUC) O esquema ao lado representa o coração de um mamífero:
a) Que números indicam artérias e veias?
b) Que números indicam vasos por onde circulam sangue arterial e sangue venoso?
c) Que números indicam vasos que participam da circulação pulmonar e da circulação sistêmica?
10) (UNESP) O esquema abaixo representa o coração de um mamífero:
Baseando-se no esquema, responda:
a) Quais os nomes dos vasos representados pelos números I e II?
b) Qual é o destino do sangue que percorre estes vasos?
11) (FUVEST) Caracterize sistema circulatório aberto e sistema circulatório fechado. Dê um exemplo de cada
12) (Fuvest) A figura a seguir esquematiza o coração de um mamífero
a) Em qual das câmaras do coração, identificadas por A, B, C e D, chega o sangue rico em gás oxigênio?
b) Em qual dessas câmaras chega o sangue rico em gás carbônico?
c) Qual dos vasos, identificados por I, II, III e IV, leva sangue do coração para os pulmões?
d) Qual desses vasos traz sangue dos pulmões?
13) (PUC-SP) Responda:
a) Na evolução dos vertebrados, qual a estrutura do coração que permitiu a separação completa entre o sangue venoso e o arterial?
b) Qual é a vantagem fisiológica de tal separação?
14) (FUVEST) Descreva o caminho de uma hemácia do sangue humano desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Indique as partes do percurso em que o sangue é venoso.
15) (FUVEST) O sistema circulatório dos vertebrados é constituído por uma complexa rede de vasos sangüíneos distribuída por todo o corpo.
a) Que tipo de vaso sanguíneo palpamos quando tomamos a pulsação de uma pessoa? O que significa essa pulsação?
b) Diferencie veias de artérias.
c) Descreva como o sangue flui através de uma veia.
d) Quais são os vasos do sistema circulatório humano que realizam as trocas entre o sangue e os tecidos do corpo.
e) Qual das quatro cavidades do coração humano apresenta parede mais espessa? Por quê?
16) (UFPB) Em um exame médico de rotina, um jovem descobre que sua pressão arterial é igual a 12/8 e que sua freqüência de batimentos cardíacos é de 70 batimentos/minuto. Qual o significado fisiológico do valor 12/8 obtido para a pressão arterial?
17) (UFF) Em relação ao sistema linfático humano responda:
a) Quais as suas funções?
b) Qual a sua importância no processo de defesa do nosso organismo? Relacione esse fato ao aparecimento de caroços ou ínguas nas axilas ou virilhas?
18) (UFM) As mais comuns doenças cardíacas são causadas por má irrigação do músculo cardíaco, o que pode parecer uma contradição: quando o sangue está nas cavidades do coração, não pode ser utilizado para irrigar o músculo cardíaco.
a) Esclareça por que não ocorre essa utilização.
b) Descreva como ocorre a irrigação do coração.
c) Apresente possíveis efeitos, no organismo humano, provocados pela má circulação do músculo cardíaco.
19) (PUC-RIO 2009) O coração humano apresenta uma série de peculiaridades para que a circulação sangüínea se dê de forma eficiente. Assinale a opção que apresenta a afirmativa correta em relação a estas características.
A) A musculatura mais espessa do ventrículo esquerdo é necessária para aumentar a pressão do sangue venoso.
B) O sangue oxigenado nos pulmões entra no coração pela veia pulmonar, e o sangue rico em gás carbônico entra nos pulmões pela artéria pulmonar.
C) As válvulas do coração têm por função permitir o refluxo do sangue para a cavidade anterior durante o processo de diástole.
D) As paredes internas do coração permitem uma certa taxa de difusão de gases, o que faz com que esse órgão seja oxigenado durante a passagem do sangue por ele.
E) A separação das cavidades do coração impede o maior controle do volume sanguíneo.
20) (PUC-RIO 2008) O dopping, baseado na injeção de hemácias extras, é basicamente natural. A vantagem deste dopping é relativa à função desempenhada pelas hemácias. Por outro lado, a menor concentração de hemácias no sangue indica um problema de saúde. Indique a opção que aponta, respectivamente, a função das hemácias no sangue e a doença causada pela diminuição da quantidade dessas células.
A) Transporte de gases e hemofilia.
B) Transporte de nutrientes e hemofilia
C) Transporte de gases e anemia.
D) Defesa imunológica e anemia
E) Defesa imunológica e falta de imunidade
Gabarito:
1) A 2) A 3) C 4) C 5) D 6) A 7) B 8) E 9) a) Artérias: III e IV; veias: I, II e V. b) Sangue arterial: IV e V; sangue venoso: I, II e III. c) Pulmonar: III e V; sistêmicas: IV, I e II.10) a) I é a artéria aorta; II é a artéria pulmonar.11) No sistema circulatório aberto ou lacunar, o líquido circulante (hemolinfa - sangue dos invertebrados) passa por vasos abertos em suas extremidades e por lacunas existente entre os órgãos; a pressão é baixa e a distância percorrida é pequena. Exemplo: artrópodes e a maioria dos moluscos.No sistema circulatório fechado, o sangue circula exclusivamente em vasos unidos por capilares em suas extremidade. A pressão é alta e a distância percorrida e maior. Exemplos: vertebrados, anelídeos e cefalópodes (moluscos).12) a) B - átrio esquerdo. b) A - átrio direito.c) III - artéria pulmonard) IV - veia pulmonar.13) a) A separação completa entre o sangue venoso e arterial ocorreu graças a formação do septo intraventricular.
b) Com a separação, o sangue arterial e o venoso não se misturam, o que permite melhor oxigenação dos tecidos.
14) O caminho percorrido será coração - pulmões - coração. O sangue sai do ventrículo direito através da artéria pulmonar chegando aos pulmões, daí, através das veias pulmonares, volta ao coração entrando no átrio esquerdo. O sangue que sai do ventrículo direito e circula na artéria pulmonar é venoso.
15) a) Palpamos uma artéria para verificar a pulsação de uma pessoa. A pulsação é o resultado da dilatação arterial por causa do fluxo sangüíneo que foi impulsionado pela sístole do ventrículo esquerdo do coração.
b) As veias são vasos que chegam ao coração. São responsáveis pelo retorno de sangue dos tecidos em direção ao coração. Apresentam paredes menos espessas do que as artérias e possuem válvulas de controle do fluxo sanguíneo, ou seja, evitam que o sangue venoso volte para os tecidos.
As artérias são vasos que partem do coração. Apresentam paredes espessas e não possuem válvulas.
c) O fluxo sanguíneo é intensificado pela ação da musculatura esquelética que pressiona suas paredes e por válvulas que impedem o retorno do sangue aos tecidos.
d) Os vasos que realizam as trocas entre o sangue e os tecidos do corpo são: capilares, arteríolas e vênulas.
e) O ventrículo esquerdo possui a parede mais espessa, pois é a câmara cardíaca que impulsiona o sangue arterial para a circulação corpórea ou sistêmica.
16) O valor 12/8 significa que a pressão sistólica, devido a contração da musculatura cardíaca dos ventrículos, é da ordem de 120 mm de Hg e que a pressão diastólica, quando a musculatura dos ventrículos está relaxada, é de 80 mm de Hg.
17) a) As funções do sistema linfático humano são: evitar inchaços (edemas), defesa imunológica e absorção de ácidos graxos no intestino. Nos gânglios linfáticos são produzidos glóbulos brancos (linfócitos).
b) Pelo sistema linfático é recolhida a linfa, líquido drenado dos espaços intercelulares, nos tecidos. Por este sistema, partículas estranhas, como bactérias, podem ser levadas do local de entrada para outras partes do corpo. Ao passar pelos gânglios linfáticos, são retiradas e destruídas. O processo inflamatório resultante determina o aumento do tamanho dos gânglios, o que se conhece popularmente como "íngua".
18) a) A irrigação do miocárdio é realizada pelas artérias coronárias que nascem e se ramificam a partir da artéria aorta.
b) sangue arterial que irriga o coração é proveniente da artéria aorta, circula pelas artérias coronárias e retorna venoso ao átrio direito, pelas veias coronárias.
c) Insuficiência cardíaca que pode afetar todos os órgãos do corpo com maior, ou menor intensidade, devido às variações na pressão arterial e no fluxo sanguíneo.
19) B
20) C
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