Além das oportunidades deste ano, a PF já conta com previsão de concursos para 2013. O Ministério da Justiça, ao qual a PF é vinculada, informou que já está pactuada com a Casa Civil da Presidência da República a realização de novos concursos para o departamento no próximo ano. A oferta prevista é de 1.200 vagas, sendo 600 para agente (com requisito e remuneração idênticos ao de escrivão), 450 para escrivão e 150 para delegado. O pedido de autorização formal já está no Ministério do Planejamento, onde, segundo o Ministério da Justiça, segue rito interno para aprovação e inclusão na previsão orçamentária de 2013.
Para o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal (Sindepol), Joel Mazo, para que o reforço que está sendo proposto pelo governo atenda às demandas dos grandes eventos que o país sediará, os novos policiais já deveriam ter ingressado. "Para esse efetivo atender com eficácia aos projetos e operações que a Polícia Federal vai desenvolver na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e até no período das Olimpíadas, ele já deveria estar atuando."
Na opinião do sindicalista, o governo vinha protelando a liberação dos concursos para o departamento, o que fez com que o quadro de policiais ficasse defasado. "Na nossa matemática, precisaríamos ter hoje no efetivo da Polícia Federal 20 mil homens. Aliás, não hoje, isso era para o ano de 2005. Precisamos de três a quatro vezes mais do que isso que está sendo ofertado."
De acordo com dados do Ministério do Planejamento, a PF conta atualmente com 11.291 policiais, sendo 6.099 agentes, 1.875 escrivães, 1.773 delegados, 1.108 peritos e 436 papiloscopistas. O quadro máximo previsto para o departamento é de 14.926 cargos (há, portanto, 3.635 vacâncias), distribuídos da seguinte forma: 8.066 para agente (1.967 vagos), 2.740 para escrivão (865), 2.306 para delegado (533), 1.243 para perito (135) e 571 para papiloscopista (135). |