A Folha publicou um artigo muito interessante sobre as maiores crises em bolsas de valores de todos os tempos. A impressão que dá é que elas estão ficando cada vez mais comuns!
Confira:
1720
Quebra na Grã-Bretanha em dezembro, depois de uma onda de especulação que provoca a queda da companhia marítima do Sul e do banco Law.
1882
?Crack? do banco católico francês Union Générale. Bolsas de Lyon e Paris despencam, França entra em crise econômica.
1929
Quinta-feira negra em Wall Street. No dia 24 de outubro, o índice Dow Jones da bolsa de Nova York perde mais de 22% em suas primeiras horas de sessão, apesar de se recuperar ao longo do dia e fechar em -2,1%. Em 28 de outubro cai novamente em 13% e no dia 29, em 12%. Essa crise obriga o fim da especulação da Bolsa e marca o início da grande depressão dos Estados Unidos e de uma crise mundial que afeta especialmente a Europa.
1987
Wall Street desmorona no dia 19 de outubro depois da divulgação de dados que mostram um importante déficit comercial e um aumento das taxas de juros do Banco Central alemão. Em um dia, a Dow Jones perde 22,6% e outros índices registram importantes perdas, mostrando a interdependência dos mercados mundiais. Trata-se do primeiro ?crack? da era da informática.
1998
Agosto negro na Rússia. O rublo (moeda do país) perde cerca de 60% do seu valor em onze dias. A Rússia vive uma crise econômica e monetária vinculada em parte à crise asiática de 1997.
2000
A bolsa eletrônica vive sua primeira grande crise. O índice Nasdaq, que concentra os valores de internet e de tecnologia, cai 27% nas duas primeiras semanas de abril e perde 39,3% em um ano. Essa queda repercute em todos os mercados vinculados à Nova Economia.
2001
Os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, que deixam mais de 3.000 mortos, provocam o fechamento da Bolsa de Nova York durante uma semana. Em sua reabertura, o índice Dow Jones sofreu a maior perda em pontos de sua história, de 684,81 pontos.
2002
A falsificação das contas da empresa americana Enron e a fraude do grupo de telecomunicações Wordcom desestabilizam as Bolsas do mundo. Os mercados registram quedas inéditas: Frankfurt perde -43,9%, Paris -33,7% e Londres -24,8%.
2008
As conseqüências da crise dos ?subprime? (créditos hipotecários de alto risco) nos Estados Unidos se propagam aos mercados financeiros americanos e mundiais. Nos nove primeiros meses do ano, os principais índices perdem mais de 25%. A crise se agrava no início de outubro com quedas de quase 10% em vários mercados mundiais na segunda-feira 6 de outubro.