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Grécia antiga resumo
Grécia antiga
A Grécia antiga começava no sul do Monte Olimpo, ao sul dos Bálcans. Ao norte do Golfo de Corinto, fica a Grécia Continental, ao sul, a Grécia Peninsular. Existe ainda a Grécia Insular, formada pelas ilhas do Mar Egeu.
A Grécia continental é montanhosa, com planícies férteis isoladas. O relevo explica o surgimento de Estados locais, pois as comunicações eram difíceis. Já na Grécia peninsular, de litoral recortado por golfos e baías, navegava-se facilmente de um ponto a outro da costa. Na Grécia insular, as numerosas ilhas permitiam a navegação com terra sempre à vista, o que era fundamental numa época de técnica naval precária.
Esses condicionamentos geográficos explicam a tendência grega de integração com exterior, mais do que com o interior.
Período Pré-homérico
No Período Pré-homérico ocorreram as invasões dos povos arianos (indo-europeus) que, através da península Balcânica, chegaram à Grécia em sucessivas vagas de ocupação. Trata-se dos aqueus, eólios, jônios e dórios.
Os aqueus, quando chegaram à Grécia, encontraram um povo de cultura rudimentar: os pelasgos, ou pelágios, que foram assimilados; em seguida, fundaram algumas cidades, destacando-se Tirinto e Micenas.Logo após, entraram em contato com os habitantes da ilha de Creta, cuja cultura assimilaram. Surgiu assim a civilização creto-micênica.
Por volta de 1700 a.C., a chegada dos eólios e jônios aumentou a população micênica, que iniciou então uma expansão marítima, durante a qual entrou em choque com a supremacia cretense no mar (talassocracia). Cnossos, a principal cidade de Creta, foi destruída. A lenda do Minotauro conta esse fato simbolicamente: o rei de Creta, Minos, mandou construir um labirinto onde encerrou seu filho, um monstro antropófago, que mais tarde foi morto por Teseu, herói grego de Atenas.
A expansão micênica continuou pelo mar Egeu em direção ao mar Negro, onde Tróia foi destruída, como conta Homero na Ilíada. Homero atribui a Guerra de Tróia ao rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, por um príncipe troiano. Na verdade, a destruição de Tróia foi mais um capítulo da expansão micênica que se iniciara com a tomada de Cnossos.
Nesse momento máximo da expansão micênica, chegou à Grécia o grupo dório, também ariano, de nível cultural inferior mas possuidor de armas de ferro. Os donos arrasaram Micenas e provocaram a primeira Diáspora (dispersão) grega em direção à Ásia Menor.
Dentro da Grécia, então, a população passou a viver isoladamente em grupos clânicos chamados genos. Esse fato assinala o fim do Período Pré-homérico e o início do Período Homérico, assim chamado porque só pode ser entendido a partir da Ilíada e da Odisséia, poemas cuja autoria é atribuída a Homero.
Economia da Grécia Antiga
A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.
Cultura da Grécia antiga
Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história , artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega.
Religião da Grécia antiga
A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis gregos (semideuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos : Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da beleza corporal), Deméter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses), Poseidon (deus dos mares), Ares (deus da guerra), Héstia (deusa do fogo) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes.
Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro.
Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político).
O Período Homérico
O período se chama homérico porque seu estudo se baseia em duas obras atribuídas a Homero: a Ilíada e a Odisseia A Ilíada marca a tomada de Troia pelos gregos, com a concentração do autor no herói Aquiles, com sua cólera contra Agamenon, que lhe roubou a escrava Briseida. No início, Aquiles nega-se a lutar, mas a morte de seu amigo Patroclo o faz mudar de ideia.. Uma parte importante da Ilíada descreve o cavalo de madeira com o qual os gregos "presenteiam" os troianos para tomar sua cidade.
Quanto à Odisseia sua maior parte descreve o retorno do guerreiro Ulisses ao Reino de Ítaca. Mas a obra ocupa-se de três temas fundamentais: a viagem de Telêmaco, as viagens de Ulisses e o massacre dos pretendentes de sua mulher, Penélope. Ilíada e Odisseia possuem diferenças claras no vocabulário e no estilo, apesar de serem atribuídas ao mesmo autor. Na Ilíada não se menciona o uso do ferro; na Odisseia há referências constantes ao metal: calcula-se um intervalo de 50 anos entre uma obra e outra: a Ilíada no fim do século IX a.C.; a Odisseia em meados do século VIII a.C. Provavelmente aquela seria obra de um poeta jônico e esta última, de um poeta das ilhas. Além disso, as obras sofreram alterações dos aedos, poetas que transmitiam os poemas oralmente, através das gerações. Ambas as obras só ganharam forma escrita no século VI a.C., em Atenas, durante o governo do tirano Psistrato.
O Sistema Gentílico
O genos constituía a primitiva unidade econômica, social política e religiosa dos gregos. Todo o grupo vivia sob a autoridade do pater (patriarca) que, ao morrer, era sucedido pelo primogênito, e assim sucessivamente. Era um grupo consanguíneo e a solidariedade entre seus membros era muito grande. Os casamentos eram feitos dentro do clã.
Os bens de produção (terras, sementes, instrumentos) e o trabalho eram coletivos. Sendo assim, a produção era distribuída igualmente entre todos os membros da comunidade.
Socialmente, predominava a igualdade, pois não havia diferenças econômicas. Só existiam as diferenças tradicionais, pois os parentes se hierarquizavam em função de sua proximidade para com o pater.
O poder político do pater advinha de ser ele o responsável pelo culto dos antepassados (antigos paires) que ele realizava todos os dias, antes das refeições comuns. Distribuía justiça costumeira (as leis eram orais) e comandava o exército do genos.
Nos fins do Período Homérico, essas comunidades começaram a se transformar. A população cresceu, mas a produção agrícola não acompanhava o mesmo ritmo. Faltavam terras férteis e as técnicas de produção eram rudimentares. Em vista disso, houve a desintegração das comunidades gentílicas: seus membros, liderados pelo pater de sua submissão, resolveram partilhar as terras coletivas. Os paires favoreceram seus parentes mais próximos, que passaram a ser chamados eupátridas (bem- nascidos), permitindo-lhes ficar com as melhores terras. Os parentes mais afastados herdaram as terras menos férteis da periferia, sendo chamados georgoi (agricultores). Muitos outros, porém, ficaram sem terras, o que lhes valeu o nome de thetas (marginais).
Os eupátridas herdaram a tradição dos paires, monopolizando o poder político e constituindo uma aristocracia de base fundiária. Esses aristocratas se agrupavam em fratrias. Um grupo de fratrias, por sua vez, formava uma tribo.
A reunião de várias tribos deu origem a pequenos Estados locais, as poleis (cidades-Estado). Por volta dessa época, surgiram na Grécia cerca de 160 cidades independentes umas das outras. Cada uma delas se caracterizava por um templo construído em sua parte mais alta: a Acrópole.
Primitivamente, as poleis eram governadas por um Basileus (rei), cujo poder era limitado pelos eupátridas. Em geral, quando os reis tentaram assumir um controle maior sobre o poder, foram depostos e substituídos por arcontes (magistrados indicados pelo Conselho dos Ariistocratas e renovados anualmente).
Os Genos se desintegra
O sistema gentílico estava fadado a durar pouco. O genos começou a enfrentar dificuldades de mão-de-obra suplementar, de produtos que só podiam ser cultivados em certos tipos de solo.
A transformação devia-se a dois fatores:
I. A produção não crescia proporcionalmente à população, devido às técnicas rudimentares, advindo então a queda da renda familiar, provocando descontentamento;
II. O genos passou a dividir-se em famílias menores, enfraquecendo-se; filhos mais novos e bastardos protestavam contra a vida difícil; cada um trabalhava com menos estímulo e mais exigência na divisão dos produtos. Desenvolveu-se o gosto por luxo e conforto, fortalecendo-se assim o individualismo, que trouxe a necessidade de dividir a propriedade coletiva.
Em muitas famílias, os lotes foram divididos por sorteio e, mais tarde, em razão de herança, poderiam ser novamente divididos. Começava a luta, cada vez mais violenta, pela posse da terra. Porém, o novo regime ainda não era completo, havendo exceções: nas reservas coletivas, particulares só podiam possuir as terras mais férteis; em muitas propriedades conservava-se o sistema de rodízio do lote entre os antigos membros do genos; em certas regiões, os lotes podiam ser divididos, mas não repassados para quem não tivesse pertencido ao antigo genos.
Consequências da Desintegração
No plano social, aumentaram as diferenças, com grandes proprietários de terras férteis e pequenos proprietários de terras pouco férteis, além de grande número de indivíduos que perderam a propriedade, inclusive descendentes de proprietários que, depois de muitas divisões por herança, ficaram com lotes insignificantes. Estes últimos formaram uma camada marginal, errante, que vivia de míseros salários ou de esmolas. Outros se lançaram à aventura da pirataria, tendo sido os precursores do comércio marítimo. Poucos tiveram sucesso nesta última atividade; eles em geral se integraram com a aristocracia proprietária através do casamento. Coexistiam grupos de tipo patriarcal, famílias pequenas e indivíduos isolados. A propriedade coletiva subsistia ao lado da privada e até a co-propriedade.
No plano político, a desintegração gerou a passagem do poder do pater-familias para os parentes mais próximos, os eupátridas (filhos do pai), que monopolizavam os equipamentos de guerra, a justiça, o poder religioso, todo o poder político enfim. Esta camada deu origem à aristocracia grega, cujo poder resultava da posse da riqueza fundamental: a terra.
O Desenvolvimento Urbano
Os aristocratas se uniram em fratrias (irmandades); as fratrias, em tribos. Da união de várias tribos e da aglutinação de seus vilarejos (fenômeno de cinesismo), surgiu a organização política típica da antiga Grécia: a cidade-estado (polis).
Para isso foi fundamental o rompimento da unidade do genos, do contrário, as cidades não teriam passado de associações políticas temporárias. Com a polis, passaram a construir a base da sociedade e seu elemento de união. Apresentavam características próprias: a ACRÓPoLE, templo construído sobre uma elevação; a ÁGORA, praça central; e o ASTI, mercado de trocas. Ocorria a passagem da economia gentílica para a urbana, ainda impregnada de elementos da economia familiar, mas já trazendo os sinais da futura economia internacional grega.
A Colonização e seus Fatores
Na metade do século VIII a.C., os gregos iniciaram uma expansão que se prolongaria por dois séculos, chamada de segunda diáspora grega. Os fenômenos sociais que transformaram o regime antes do final do século VIII a.C. agiriam com intensidade nos séculos seguintes.
A desintegração do genos foi decisiva para a expansão grega, pois os filhos mais novos ou desfavorecidos deixavam a pátria e iam buscar uma vida mais lucrativa. Do mesmo modo, os marginalizados do poder político da polis foram lutar por maior participação em outras polis fora da Grécia.
Os colonos estabelecidos em novas terras passaram a produzir gêneros que as polis não eram capazes de prover, ao mesmo tempo que consumiam excedentes da Grécia, como vinho e azeite.
O progresso técnico também estimulou a busca do exterior: o uso da âncora e o aperfeiçoamento dos barcos, com maior capacidade de transporte. Ao mesmo tempo, o declínio do poderio fenício na Ásia facilitava a travessia dos mares.
Áreas e Mecanismos de Colonização
Uma das primeiras áreas colonizadas foi a Trácia, nas costas da Macedônia e ao norte do Mar Egeu, região atraente pelos campos de cereais e vinhas, bem como por suas montanhas com florestas e minas de ouro e prata.
Abidos, no atual Estreito de Dardanelos, e Bizâncio (hoje Istambul) tornaram-se cidades mercantis. Ao penetrarem no Mar Negro, os gregos foram fundando em sua costa algumas cidades como Odessa, Tanais, Queroneso e outras colônias ? palavra que significa da casa. Do Mar Negro, os gregos exportavam cereais, madeira, peixes e frutas.
Ao sul do Mediterrâneo, com o consentimento dos faraós, os gregos fundaram Naucratis, no delta do Nilo. A oeste do Egito surgiu Cirene.
Em direção ao ocidente, os gregos fundaram uma série de cidades na Itália, a partir de 750 a.C., das quais destacavam-se Sívares, Crotona e Tarento, no Golfo de Tarento; Messina e Siracusa, na Sicília; Possidônia, Nápole e Cumas, na costa do Mar Tirreno. Era a Magna Grécia. Ainda mais a oeste, os gregos se estabeleceram no sul da Gália, onde fundaram Marselha, Nice, Antibes e Mônaco. A concorrência dos fenícios, firmemente plantados em Cartago, dificultou a colonização das costas espanholas.
Posteriormente, as cidades-estado passaram a organizar a colonização, inicialmente feita ao acaso. Os colonos passaram a partir sob o comando do OIKISTE, acompanhados de sacerdotes e adivinhos. Desembarcavam, ofereciam um sacrifício e dividiam a terra em lotes, distribuídos entre os participantes da expedição. Suas relações com a metrópole eram de natureza mais cultural do que política, completando-se pelo intercâmbio econômico.
O mundo grego havia se expandido por quase todo o Mediterrâneo e embora de caráter basicamente agrária, a colonização não impediu o desenvolvimento de atividades industriais e comerciais.
Período clássico: o período das hegemonias
Durante o Período Clássico, as poleis disputaram a supremacia sobre toda a Grécia. Essa fase foi marcada pelas hegemonias e imperialismos no mundo grego, que acabaram em uma guerra fratricida entre os próprios gregos, concluindo com a sua decadência. A primeira potência hegemônica foi Atenas, seguida por Esparta e, finalmente, por Tebas.
O período Clássico teve início com as guerras médicas, ou pérsicas, que foi o conflito entre o mundo bárbaro, persa, e o mundo grego.
As guerras médicas ou pérsicas no Período Clássico
Com a conquista do Oriente Próximo pelos persas, todas as colônias gregas do litoral da Ásia Menor foram anexadas. No início, a autonomia dessas cidades foi respeitada; mais tarde, porém, os persas passaram a exigir impostos e incorporaram as cidades a seu império. A cidade de Mileto e algumas outras iniciaram uma rebelião, apoiadas por Atenas. Esse foi o motivo imediato para o conflito entre gregos e persas.
Relevo do século V a.C., mostrando soldados gregos em combate
No ano 490 a.C., os persas desembarcaram seu exército na planície de Maratona, a poucos quilômetros de Atenas. Nesse local, foram atacados pelos atenienses, comandados por Milcíades, que derrotou os invasores. Com essa vitória, o prestígio de Atenas aumentou entre os gregos. Dez anos depois, os persas fizeram uma dupla ofensiva. Por terra, venceram os espartanos no desfiladeiro das Termópilas, onde morreu Leônidas, o célebre rei de Esparta. Por mar, uma numerosa frota foi destruída na baía de Salamina pelos atenienses, comandados por Temístocles. Sem o apoio da esquadra, o exército persa recuou para Platéia onde foi vencido pelos espartanos e atenienses, liderados por Pausânias, em 479 a.C.
Os gregos passaram então à ofensiva. Organizaram uma liga militar com sede em Delos (uma ilha do mar Egeu); a chefia foi confiada a Atenas. O tesouro comum foi usado para construir uma poderosa armada que, sob o comando de Címon, assolou as posições persas no litoral asiático. Em 448 a.C., pelo Tratado de Susa (Paz de Kallias), os persas reconheceram a supremacia grega no Egeu.
A hegemonia de Atenas no Período Clássico
O fim da guerra tornou desnecessária a Confederação de Delos. Entretanto, os atenienses sofreriam uma grave crise econômica e social se as contribuições dos aliados parassem de afluir para a cidade: a indústria naval seria paralisada, o comércio se retrairia e numerosos remadores, mercadores e artesãos ficariam sem ocupação. Por essa razão, os atenienses obrigaram, pela força, os Estados-Membros a continuar os pagamentos, mesmo contra sua vontade. Era o início da hegemonia ateniense sobre a Grécia.
No século V a.C., Atenas foi governada por Péricles (444 a 429 a.C.) e suas instituições atingiram o máximo esplendor. Diversas obras públicas foram iniciadas, gerando empregos; os membros dos tribunais e da Assembléia passaram a receber pagamentos; as camadas inferiores puderam participar do Arcontado e Péricles cercou-se dos maiores artistas e intelectuais da Grécia, como Fídias, Heródoto e Anaxágoras.
Essa hegemonia, contudo, criou uma série de inimigos para Atenas, pois feria a autonomia das demais cidades- Estado; por outro lado, o controle exercido sobre a Grécia, pela. Confederação de Delos, desrespeitava o princípio de soberania das cidades.
A Guerra do Peloponeso e a hegemonia espartana
Muitos Estados gregos, cuja localização no interior os colocava a salvo da frota ateniense, ligaram-se a Esparta em uma Liga do Peloponeso, francamente hostil a Atenas e à Confederação de Delos que ela mantinha sob controle.
Em 431 a.C., um incidente transformou essa rivalidade em guerra. As ambições territoriais de Atenas em expandir-se para o Ocidente levou-a a apoiar e celebrar uma aliança com Córcira, colônia de Corinto ? aliada de Esparta. Com isso, explodiu a Guerra do Peloponeso, que duraria 27 anos e deixou a Grécia completamente exaurida pelas destruições recíprocas.
Entre 431 e 421 a.C., os espartanos invadiram a península da Ática. A população de Atenas resistiu em suas extensas muralhas, ao mesmo tempo em que sua frota atacava o Peloponeso. No ano 429 a.C., devido à má alimentação e às péssimas condições de higiene, a peste provocou centenas de mortes, da qual foi vítima o próprio Péricles. Em 421 a.C., Atenas e Esparta celebraram a Paz de Nícias, estabelecendo que não haveria mais guerra durante 50 anos.
Em 413 a.C., porém, instigados pelo ambicioso Alcibíades, os atenienses prepararam uma campanha militar na Sicília, com o propósito de conquistar Siracusa, aliada de Corinto, e que abastecia o Peloponeso com alimentos. Começava a segunda fase da Guerra do Peloponeso.
Acusado por seus adversários políticos, Alcibíades refugiou-se entre os espartanos, aos quais entregou os planos de Atenas. Em 413 a.C., a esquadra ateniense foi destruída em Siracusa. Em 404 a.C., devido à grande ofensiva dos espartanos, que mantiveram um exército na Ática e ampliaram a sua frota, Atenas foi derrotada na batalha de Egos-Pótamos pelo general espartano Lisandro. Os muros de Atenas foram destruídos e a frota caiu nas mãos de Esparta.
A hegemonia exercida por Esparta não era menos opressora que a de Atenas. Na Ásia, os espartanos iniciaram uma ofensiva contra os persas. Não conseguindo, porém, manter o domínio sobre seus inimigos na Grécia e combater ao mesmo tempo no exterior, Esparta assinou, em 387 a.C., a Paz de Antálcidas com o persas. Além da paz, o tratado garantia o domínio da costa da Ásia pelo Império Persa, que passou a influir na política interna da Grécia.
A hegemonia de Tebas no Período Clássico
Apesar do domínio de Esparta, Atenas conseguiu reconstruir suas muralhas e sua frota, organizando uma segunda liga marítima. Ao mesmo tempo, a cidade e Tebas aliou-se a Atenas e atacou a guarnição espartana em Tebas. Durante a batalha de Leuctras, em 371 a.C., a revolta dos escravos em Esparta conduziu os tebanos à vitória, sob o comando dos generais Epaminondas e Pelópidas.
O período de hegemonia tebana foi marcado pela libertação dos messênios do domínio de Esparta e pela conquista e submissão da Tessália, Trácia e Macedônia. Para consolidar seu domínio militar, Tebas iniciou a construção de uma esquadra, o que lhe valeu a oposição de Atenas. Em 362 a.C., Atenas e Esparta, agora aliadas, impuseram a derrota a Tebas, na batalha de Mantinéia.
O domínio macedônico
O período das hegemonias levou ao enfraquecimento geral das cidades-Estado gregas. Os macedônios, povo de origem ariana que habitava a região ao norte da Grécia, liderados por seu rei Felipe, conquistaram toda a Grécia na batalha de Queronéia, em 338 a.C.
Alexandre Magno, filho de Felipe, sucedeu-o ao trono, consolidando a conquista da Grécia e expandindo o império para o Oriente. Em 333 a.C., na batalha de Issos, Alexandre destruiu um imenso exército persa comandado pelo próprio rei Dano III; no ano seguinte, marchou para a Fenícia, conquistando a importante cidade de Tiro, deslocando-se, em seguida para o Egito, onde os sacerdotes do templo de Amon-Rá o receberam como o filho do deus; em 331 a.C., Alexandre invadiu o centro do Império Persa, sendo coroado rei dos persas.
O Império Macedônico conquistou, ainda durante o Período Clássico, a Palestina e a Índia, fundando um dos mais vastos impérios da humanidade.
Em 323 a.C., antes que pudesse organizar suas conquistas, Alexandre Magno morreu na Babilônia, aos 33 anos de idade, em virtude de uma febre violenta.
Helenismo
O helenismo refere-se ao conhecimento filosófico produzido entre a morte do Alexandre e o início da filosofia medieval.
Principal característica do helenismo: fusão entre a tradição grega e a cultura oriental. Disseminação do pensamento grego pela região da Síria, Egito, Babilônia, etc.
Principais pensadores do helenismo: Plotino, Cícero, Zenão e Epicuro.
O conhecimento produzido pela ciência do helenismo se desenvolveu em diferentes direções: matemática, geometria, astronomia e geografia. Os filósofos helenistas estavam preocupados com a ética (regras da condução de vida), busca pela felicidade individual, imperturbabilidade.?
Principais perspectivas do período helenístico:
1- NEOPITAGORISMO: retomada do pensamento de Pitágoras, sobretudo de sua concepção espiritualista (imortalidade da alma, reencarnação, harmonia espiritual com o cosmos). Oposição ao materialismo.
2- NEOPLATONISMO: Plotino (205-270) conhecemos a vida e o pensamento de Plotino a partir da obra ?Vida de Plotino?, escrita pelo seu discípulo Porfírio. Característica central do neoplatonismo: conciliação entre o pensamento de Platão e o pitagorismo com alguns traços da cultura oriental.
3- ESTOICISMO: Teve Zenão de Citio como seu fundador, em 300 a.C.. Para o estoicismo a filosofia seria composta de três partes: física, lógica e ética. Acreditavam numa estreita relação entre o indivíduo (microcosmos) e o universo (macrocosmo).
4- EPICURISMO: perspectiva filosófica fundada por Epicuro. Assim como o estoicismo, buscavam a felicidade individual, mas discordavam quanto ao caminho pra isso.
Grécia Antiga
O helenismo marcou a transição da civilização grega para a romana, em que inoculou sua força cultural. Não se encontra nela o esplendor literário e filosófico do período áureo da Grécia, mas divisa-se um grande surto da ciência e da erudição. Chama-se civilização helenística a que se desenvolveu fora da Grécia, sob influxo do espírito grego. Esse período histórico medeia entre 323 a.C., data da morte de Alexandre III (Alexandre o Grande), cujas conquistas militares levaram a civilização grega até a Anatólia e o Egito, e 30 a.C., quando se deu a conquista do Egito pelos romanos. Grande parte do Oriente antigo foi então helenizado e assistiu-se a uma fusão da cultura grega, revitalizada nas áreas conquistadas, com as tradições políticas e artísticas do Egito, Mesopotâmia e Pérsia. Depois da morte de Alexandre, a transmissão da cultura grega persistiu nos grandes centros urbanos, embora sofresse influência dos costumes orientais. A tentativa de Antígonos, um dos mais antigos generais de Alexandre, de manter intacto o império conquistado pelo guerreiro macedônio, fracassou após a Batalha de Ipso, na Frígia (302 a.C.). A partilha do império foi feita entre três generais: Seleucos I Nicator, Ptolomeu I e Lisímacos. As lutas, entretanto, continuaram, e vinte anos depois o império foi dividido em três estados independentes: o reino do Egito ficou com os Lágidas, descendentes de Ptolomeu; o da Síria, com os Selêucidas, descendentes de Seleucos; e o da Macedônia coube aos antigônidas, descendentes de Antígonos.
Alexandria, no Egito, com 500.000 habitantes, tornou-se a metrópole da civilização helenística. Foi um importante centro das artes e das letras, e a própria literatura grega tem uma fase chamada "alexandrina". Lá existiram as mais importantes instituições culturais do helenismo: o Museu, espécie de universidade de sábios, dotado de Jardim Botânico, Zoológico e Observatório Astronômico; e a Biblioteca, com 200.000 volumes, salas de copistas e oficinas para preparo do Papiro. O Reino Egípcio só terminou com a conquista de Otavius, no reinado de Cleópatra. O reino da Síria abrangia quase todo o antigo império persa até o Rio Indo. A capital era Antioquia, outro grande centro da cultura helenística, perto da foz do Orontes, no Mediterrâneo. Os selêucidas, entretanto, não puderam manter a unidade de seu vasto império, que acabou conquistado pelos romanos no século I a.C. Já o reino da Macedônia teve de enfrentar a luta das cidades gregas, ciosas da defesa de sua autonomia, e acabou incorporado ao Império Romano. Do ponto de vista cultural, o período compreendido entre 280 e 160 a.C. foi excepcional.
Tiveram grande desenvolvimento a história, com Polibius; a matemática e a física, com Euclides, Eratostenes e Arquimedes; a astronomia, com Aristarcus, Hiparcus, Seleucus e Heráclides; a geografia, com Posidonius; a medicina, com Herofilus e Erasistratus; e a gramática, com Dionisius Tracius. Na literatura, surgiu um poeta extraordinário, Teocritus, cujas poesias idílicas e bucólicas exerceram grande influência. O pensamento filosófico evoluiu para o individualismo moralista de Epicuristas e Estóicos, e as artes legaram à posteridade algumas das obras-primas da antigüidade, como a Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia e o grupo do Laocoonte. À medida que o Cristianismo avançava, o helenismo passou a representar o espírito pagão que resistia à nova religião. O espírito grego não desapareceu com a vitória dos valores cristãos; seria, doze séculos depois, uma das linhas de força do Renascimento.
Fontes:http://www.algosobre.com.br/historia/grecia-antiga.htmlhttp://www.coladaweb.com/historia/periodo-classico-o-periodo-das-hegemonias
Questões sobre a Grécia antiga
1) (FGV) A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404 a.C.), que teve importância fundamental na evolução histórica da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.d) uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.e) uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.
2) (Fuvest) "Ao povo dei tanto privilégio quanto lhe bastasse,nada tirando ou acrescentando à sua honra;Quanto aos que tinham poder e eram famosos por sua riqueza,também tive cuidado para que não sofressem nenhum dano...e não permiti que nenhum dos dois lados triunfasse injustamente."
Sobre esse texto, é correto afirmar que seu autor,
a) o dramaturgo Sólon, reproduz um famoso discurso de Péricles, o grande estadista e fundador da democracia ateniense;b) o demagogo Sólon, recorre à eloqüência e à retórica para enganar as massas e assim obter seu apoio para alcançar o poder;c) o tirano Sólon, lembra como, astutamente, acabou com as lutas de classes em Atenas, submetendo ricos e pobres às mesmas leis;d) o filósofo Sólon, evoca de maneira poética a figura do lendário Drácon, estadista e criador da democracia ateniense;e) o legislador Sólon, exprime o orgulho pelas leis, de caráter democrático, que fez aprovar em Atenas quando governou a cidade.
3) (FGV) A denominação Magna Grécia refere-se à(s):
a) principais cidades-estado gregas: Atenas e Esparta;b) fase expansionista grega e a conquista de regiões em França e África.c) áreas colonizadas pelos gregos no sul da Itália e na Sicília;d) Bizâncio, onde os gregos formaram suas mais importante colônia;e) Hegemonia ateniense durante o período arcaico.
4) (PUC-PR) A Civilização Grega apresentou unidade cultural e fragmentação política.Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:
a) Quando as tribos arianas ou indo-européias dos aqueus, eólicos, jônios e dóricos penetraram na Grécia encontraram a região desabitada, o que facilitou-lhes a fixação.b) A conquista da Grécia por Felipe II da Macedônia foi anterior ao domínio romano na região.c) Atenas e Esparta, as principais pólis gregas foram igualmente fundadas pelos descendentes dos eólicos, o que explica serem suas economias iguais, baseadas na pesca, artesanato e intenso comércio, inclusive marítimo.d) Tanto Atenas quanto Esparta implantaram governos tipicamente democráticos nos séculos V e IV a.C., tendo a primeira, contudo, mantido a forma monárquica de governo.e) A agressividade das pólis, ou cidades-estados de Tebas e Corinto, provocou a primeira onda colonizadora grega, que povoou inclusive as ilhas do mar Egeu.
5) (PUC-PR) Em relação ao pensamento científico e filosófico grego, é correto afirmar:
a) Os sofistas percorriam as cidades ensinando. Foi com eles que a educação se tornou atividade profissional.b) A Escola Pitagórica acreditava que o número era a essência do universo e a medida de todas as coisas.c) Na Grécia não havia uma clara distinção entre Filosofia e Ciência.d) Heráclito lançou as bases da concepção dialética do mundo ao afirmar que tudo está em movimento e transformação.e) Todas as alternativas estão corretas.
6) (UECE) A respeito da "Liga de Delos", que seria a base do imperialismo ateniense, podemos dizer corretamente:
a) decorreu da aliança de cidades gregas e persas contra, a expansão macedônicab) pretendia libertar algumas cidades gregas, lideradas pela cidade de Delos, da dominação espartanac) surgiu de um processo de sujeição ou de domínio exercido por Atenas sobre as demais cidades da Ligad) definia-se, de início, como uma aliança militar, que previa autonomia para seus participantes, reservando à Atenas o comando das operaçõese) mesmo sendo liderada por Atenas, Esparta apresenta grande influência sobre ela.
7) (UFPE) Sobre o processo de expansão das cidades gregas, ocorrido por volta de 750 a.C., assinale a alternativa correta.
a) Todas as conquistas realizadas durante a segunda diáspora grega tiveram por base vias continentais em que os caminhos terrestres foram os de maior importância.b) Com a melhoria das técnicas de navegação, incluindo a utilização da âncora, foi possível a conquista de novas áreas via Mediterrâneo, onde poderosos impérios dificultavam a expansão grega.c) A travessia dos mares pelos gregos foi dificultada pela ascensão do poder bélico do Império Fenício na Ásia.d) A exportação de gêneros alimentícios gregos para áreas conquistadas só foi possível devido ao desenvolvimento de novas técnicas e à alta produtividade agrícola.e) A segunda diáspora veio a ser a solução para garantir a situação socioeconômica dos gregos.
8) (UFRS) Em relação à sociedade espartana, assinale a opção que NÃO corresponde à camada social dos hilotas.
a) Constituíam a massa de população vencida, subjugada e pertencente ao Estado.b) Enquanto força-de-trabalho, eram expropriados pelos espartanos.c) Cultivavam a terra com os seus instrumentos de trabalho, pagando uma renda fixa em espécie.d) Como prevenção de revoltas e frente ao perigoso aumento demográfico que apresentavam, sofriam regularmente os "kriptios", formas de repressão e extermínio realizados por jovens espartanos.e) Desenvolviam atividades mercantis que lhes possibilitavam acumular pequenas fortunas com as quais compravam títulos de cidadania.
9) (UNESP) Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na vida contemporânea, podemos citar:
a) a concepção de democracia com a participação do voto universal.
b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos.
c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas suas dimensões.
d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão.
e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades-acrópoles.
10) (UFRN) O mundo grego antigo possuía certa unidade religiosa, embora fosse fragmentado politicamente. Essa religiosidade foi, marcadamente,
a) de natureza cívica, na medida em que os cidadãos cultuavam os deuses da cidade, com celebrações festivas e sacrifícios, nos altares a eles dedicados.
b) acessível a todas as classes sociais por ter característica familiar e monoteísta, com um deus que se manifestava ao povo através de revelação direta e pessoal.
c) portadora de uma ética que considerava sagrado o trabalho manual dedicado às divindades, o que permitia enfrentar a rigidez e a monotonia da vida cotidiana.
d) de caráter julgador, colocando os indivíduos a serviço das divindades e punindo os pecados daqueles que desobedeciam aos deuses ou professavam outras religiões e outros cultos.
e) influenciada pelas conquistas de Alexandre, o Grande pelo Oriente, que propiciou a expansão da cultura grega em detrimento da romana.
11) (S. J. DO RIO PRETO) Os gregos possuíam divindades menores que inspiravam suas criações artísticas e científicas: assim Clio era a musa inspiradora da:
a) Música
b) História
c) Poesia Épica
d) Astronomia
e) Comédia
12) (UEMT) O enfraquecimento das cidades gregas, após a Guerra do Peloponeso (431 - 404 a. C.), possibilitou a conquista da Grécia pelos:
a) bizantinos
b) hititas
c) assírios
d) persas
e) macedônios
13) (FAAP) Em 334 a. C., Alexandre Magno lançou-se à conquista de um vasto império. Gregos e orientais, num processo de mutualidade, geraram uma nova e brilhante civilização, nascida dos escombros de outras.
Com relação a esse período, pergunta-se:
a) A qual civilização se refere?
b) Quais as mais importantes correntes filosóficas dessa época?
14) (MACKENZIE) As diferenças políticas e econômicas entre espartanos e atenienses culminaram no conflito armado denominado:
a) Guerras Médicas
b) Guerras Púnicas
c) Guerra do Peloponeso
d) invasão macedônica
e) Guerras Gaulesas
15) O século VI a.C. marca a passagem do período arcaico para o período clássico na história dos antigos gregos. O elemento que marcou essa mudança foi:
a) O grande desenvolvimento cultural de Atenas, liderado por Péricles, permitindo à cidade liderar todo o
mundo grego.
b) As Guerras Médicas, que possibilitaram o fortalecimento de diversas cidades gregas, dando início à
hegemonia dos gregos.
c) O antagonismo entre Atenas e Esparta, mais aguçado, determinando um conjunto de internas pelo
poder.
d) A derrota do Império Persa, que permitiu aos gregos o início do expansionismo sobre a parte do
Oriente e a criação da cultura helenística.
e) O início de um período caracterizado pela hegemonia de uma cidade sobre as demais, eliminando a
soberania da maioria das polis.
16) (UCS/RS) Relacione os deuses da mitologia grega, indicados na Coluna A, às características que os identificam, listadas na Coluna B.
COLUNA A COLUNA B
1. Afrodite ( ) Deusa da fertilidade, das frutas e das colheitas.
2. Ártemis ( ) Deus dos oceanos e das águas.
3. Deméter ( ) Deusa da lua e da caça, protetora dos animais e das crianças.
4. Poseidon ( ) Deusa da beleza e do amor.
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo.
a) 1, 2, 3, 4
b) 3, 4, 2, 1
c) 4, 3, 2, 1
d) 2, 4, 1, 3
e) 3, 4, 1, 2
17) (UNESP-SP) A palavra democracia originou-se na Grécia Antiga e ganhou conteúdo diferente a partir do século XIX. Ao contrário do seu significado contemporâneo, a democracia na pólis grega:
a) funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com a escravidão, excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres;
b) abrangia o conjunto da população da cidade, reconhecendo o direito de participação de camponeses e artesãos em assembleias plebeias livremente eleitas;
c) pregava a igualdade de todas as camadas sociais perante a lei, garantindo a todos o direito de tomar a palavra na Assembléia dos cidadãos reunida na praça da cidade;
d) evitava a participação dos militares e guerreiros, considerando-os incapazes para o exército da livre discussão e para a tomada de decisões consensuais;
e) era exercida pelos cidadãos de maneira indireta, considerando que estes escolhiam seus representantes políticos por intermédio de eleições periódicas e regulares.
18) (PUC-SP)Atenas foi dividida por Clistenes, no ano 508 a.C., em distritos (demos). Neles:
a) as decisões eram tomadas pelo conjunto de habitantes, independentemente do fato de serem ou não livres;
b) os cidadãos eram reconhecidos como iguais perante as leis, que derivavam de sua vontade;
c) as guerras eram preparadas por meio de uma rigorosa organização militar, que envolvia todos os moradores;
d) os estrangeiros eram plenamente aceitos e tinham direito a voz e a voto nas assembléias;
e) as divisões sociais eram estabelecidas de forma rígida e os plebeus eram excluídos das tomadas de decisão.
19) (FEPAR/PR) A filosofia ocidental. Um de seus filósofos nada escreveu; sua doutrina só chegou até nós através de seus discípulos. Suas máximas são ?Só sei que nada sei? ?Conhece-te a ti mesmo?. Foi condenado à morte, acusado de corromper a juventude. Esse filósofo foi:
a) Aristóteles;
b) Heródoto;
c) Platão;
d) Sócrates;
e) Xenofonte.
20) (FGV-RJ) Escreveram peças para teatro, durante o Século de Péricles (V a.C.):
a) Homero, Tucídides, Heródoto e Xenofonte;
b) Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes;
c) Sócrates, Protágoras, Platão e Aristófanes;
d) Eratóstenes, Arquimedes, Euclides e Pitágoras;
e) Píndaro, Alceu, Safo e Hesíodo.
21) A tirania foi uma das formas de regime político que surgiu em algumas cidades gregas, como Atenas, no século VI a.C., e antecedeu a consolidação da democracia.
a) Por que a tirania que existiu na Grécia difere do que se entende, atualmente, por tirania?
b) Por que o mecanismo do ostracismo foi importante para a manutenção da democracia na Grécia Antiga?
22) (UFC) Através da cultura, a sociedade humana constrói seu conhecimento sobre a natureza e procura decifrar os mistérios do universo. A produção cultural foi um dos Destaques da Grécia na Antiguidade. Na época, o teatro grego:
a) conseguiu sintetizar as preocupações religiosas da sociedade, criticando as concepções mitológicas dominantes.
b) teve suas encenações ao ar livre bastante admiradas, com atores do sexo masculino, usando máscaras nas representações.
c) divertiu o povo com suas comédias cheias de ironia filosófica, evitando a representação de temas sobre as angústias humanas.
d) representou a vida confusa dos deuses gregos, contribuindo para esvaziar o poder dos mitos e da aristocracia.
e) foi à expressão das preocupações filosóficas do seu povo, divulgando uma ética democrática sem ligações com a religião.
23) (IFG/GO) A Grécia Antiga não conheceu um Estado centralizado. Organizou-se por meio de cidades-estados, denominadas pólis. A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
a) A pólis era uma construção social e política autodeterminada; todavia, a disputa pela hegemonia na antiga Grécia a movia.
b) Na pólis, não havia espaço para cultos, deuses e santuários, nem mesmo para consulta aos oráculos anteriormente à tomada de decisões.
c) A pólis expressava uma cultura e uma identidade próprias, marcadamente urbanas, denominadas de ethos.
d) Nas pólis, a norma jurídica (lei), promulgada nos regimes democráticos ou outorgada nos regimes aristocráticos, era reconhecida como ato orientado pela razão e, portanto, humano.
e) A experiencialização social e cultural que o grego antigo viveu nas pólis permitiu a capacidade de explicar os problemas da comunidade no âmbito dela própria, fundamentalmente apartada dos deuses.
24) (UTP/PR) Sobre a religião dos gregos podemos afirmar que:
I. Era uma religião antropomórfica, ou seja, os deuses, além da forma, tinham direitos e virtudes humanos.II. Era grande o número de deuses, que mais se assemelhavam aos heróis lendários.III. Era uma religião prática, cujos seguidores pediam ajuda para a atividade e não para a salvação de sua alma.IV. Não havia dogmas.
a) Todas as afirmativas estão corretas.b) Somente a alternativa I está correta.c) As afirmativas I e II estão corretas.d) As afirmativas II e IV estão corretas.e) Nda.
25) (UEMS) A cultura grega contribuiu diretamente na inauguração de várias manifestações artísticas, filosóficas e científicas. Também marcou a origem da Mitologia, que buscava a explicação para as principais questões da existência humana, da natureza e da sociedade. Sobre a história política da Grécia, na Antiguidade Clássica, pode-se dizer que esta se caracterizou:
a) pela alternativa de dinastia hegemônica.b) por uma federação estável, que era regida de forma ditatorial.c) por uma organização imperial.d) pela existência de cidades-estados que atuavam, politicamente, como unidades autônomas.e) por uma organização teocrática.
26) (CEFET/PR) A 1ª Cultura Clássica dos povos da Antiguidade é a ?Cultura Grega?. Ao lado desse classicismo, os legisladores atenienses sugeriram a melhor forma de governo para o povo, a Democracia, que chegou até nós. É chamado ?Pai da Democracia?:
a) Drácon;b) Sólon;c) Péricles;d) Clístenes;e) Homero.
27) O período helenístico foi marcado por grandes transformações na civilização grega. Entre suas características, podemos destacar:
a) O desenvolvimento de correntes filosóficas que, diante do esvaziamento das atividades políticas das cidades-Estado, faziam do problema ético o centro de suas preocupações visando, principalmente, o aprimoramento interior do ser humano.
b) Um completo afastamento da cultura grega com relação às tradições orientais, decorrente, sobretudo, das rivalidades com os persas e da postura depreciativa que considerava bárbaros todos os povos que não falavam o seu idioma.
c) A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas primeiro na Liga de Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta.
d) A difusão da religião islâmica na região da Macedônia, terra natal de Felipe II, conquistador das cidades-Estado gregas.
e) O apogeu da cultura helênica representado, principalmente, pelo florescimento da filosofia e do teatro e o estabelecimento da democracia ateniense.
28) (UEPG)[ ... ] "Polis" é a palavra grega que traduzimos por "cidade-estado". É uma tradução, porque a polis normal não se assemelhava muito a uma cidade e era muito mais que do que um Estado. Mas a tradução, como a política, é a arte do possível [ ... ] (KITTO, 1980, p. 107).
Sobre a "polis" grega, assinale o que for correto.
(01) A Democracia, invenção grega, possibilitou, desde a época arcaica, uma tendência à participação eqüânime da população na propriedade da terra, superando as barreiras de riqueza e de sangue.
(02) As primeiras poleis, ao que parece, teriam surgido na Grécia asiática, local de chegada de jônios e eólios expulsos pelos invasores dórios e que, mediante um processo de sinecismo topográfico e político, formaram cidadelas com governos próprios.
(04) As cidades formavam um conjunto de estados autônomos, que podiam se opor entre si, ou estabelecer alianças e coligações, mas nunca chegaram a submeter-se a um único governo.
(08) Os poemas, como a "Ilíada" e a "Odisséia", que revelam detalhes do período Homérico, deram aos gregos o sentimento de que, a despeito das suas divergências, faziam parte de um conjunto.
(16) A Guerra do Peloponeso, embora tivesse causado algumas fraturas entre espartanos e atenienses, serviu para garantir a hegemonia grega no Mediterrâneo.
29) (UFSC)Os instrumentos são de vários tipos; alguns são vivos, outros inanimados; o capitão de um navio usa um leme sem vida, mas um homem vivo como observador; pois o trabalhador num ofício é, do ponto de vista do ofício, um de seus instrumentos. Assim, qualquer parte da propriedade pode ser considerada um instrumento destinado a tornar o homem capaz de viver; e sua propriedade é a reunião desse
tipo de instrumentos, incluindo os escravos; e um escravo, sendo uma criatura viva, como qualquer outro servo, é uma ferramenta equivalente às outras. Ele é em si uma ferramenta para manejar ferramentas (Aristóteles (século IV a.C.). Política)
A escravidão era comum na Grécia Antiga. Em Atenas, Corinto e Mileto, quase toda a vida econômica dependia do trabalho escravo. Era freqüente encontrar o escravo trabalhando na agricultura, nas oficinas de artesanato, em serviços domésticos e nas minas. O modo como os gregos encaravam a escravidão ficou registrado em textos de filósofos da época, como o de Aristóteles, do qual podemos depreender que o escravo era visto como um
a) ser vivo e humano, antes de tudo.
b) instrumento de trabalho vivo e uma propriedade.
c) cidadão com direitos, por ser uma criatura viva.
d) servo para qualquer trabalho, que não podia ser vendido.
e) trabalhador assalariado, explorado como ferramenta viva de trabalho.
30) (UEM-2006)Sobre a história da Grécia antiga e sobre as contribuições da cultura grega para a chamada civilização Ocidental, assinale a alternativa correta.
a) Uma das principais contribuições dos gregos antigos para a cultura Ocidental foi a religião monoteísta.
b) Em muitas línguas modernas, o termo draconiano remete às idéias de severidade e rigor na elaboração e na aplicação de leis. O vocábulo deriva de Dracon, um político ateniense do século VII a.C. que se celebrizou como legislador, registrando, por escrito, duras leis que, até então, baseavam-se na tradição oral.
c) O adjetivo espartano é mais um indício da influência da Grécia antiga na cultura ocidental. Em uma de suas acepções, o vocábulo remete à idéia de uma vida desregrada, luxuosa, que valoriza o ócio e devota desprezo aos exercícios físicos e às artes marciais, em alusão ao estilo de vida licencioso dos habitantes de Esparta, um dos centros da cultura grega da antiguidade.
d) Aristóteles (384-322 a.C.) é considerado um dos precursores da ideologia comunista por ter defendido, em seu livro A República, a possibilidade de se organizar uma sociedade sem diferenças de classe.
e) A filosofia estóica, fundada por Zenão, sustentava que a felicidade humana consistia na busca e na obtenção do prazer.
Gabarito:
1) C 2) E 3) C 4) B 5) E 6) D 7) A 8) E 9) B 10) A 11) B 12) E13) a) Da civilização helenística. b) Epicurismo, com Epicuro, e estoicismo, com Zenon.14) C 15) E 16) B 17) A 18) B 19) D 20) B21) a) O tirano usurpava o poder apoiado por parte dos setores populares, e impunha limites ao poder exercido pelos aristocratas. Eles não eram necessariamente autoritários e, geralmente, faziam importantes obras públicas em favor do povo.b) O ostracismo consistia em banir por dez anos da cidade qualquer pessoa que representasse uma ameaça à democracia. Os cidadãos depositavam em uma urna o nome de quem julgavam que deveria ser expulso da cidade.22) B 23) B 24) A 25) D 26) D 27) A 28) 02, 04 e 08 29) B 30) B
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