Vestibular
Alelos letais e probabilidade em genética
Dominância incompleta ou Co-dominância
Nem todas as características são herdadas como a cor da semente da ervilha, em que o gene para a cor amarela domina sobre o gene para cor verde. Muito frequentemente a combinação dos genes alelos diferentes produz um fenótipo intermediário. Essa situação ilustra a chamada dominância incompleta ou parcial. Um exemplo desse tipo de herança é a cor das flores maravilha. Elas podem ser vermelhas, brancas ou rosas. Plantas que produzem flores cor-de-rosa são heterozigotas, enquanto os outros dois fenótipos são devidos à condição homozigota. Supondo que o gene V determine a cor vermelha e o gene B, cor branca, teríamos:
VV = flor vermelha
BB = flor branca
VB = flor cor-de-rosa
Apesar de anteriormente usarmos letras maiúsculas para indicar, respectivamente, os genes dominantes e recessivos, quando se trata de dominância incompleta muitos autores preferem utilizar apenas diferentes letras maiúsculas.
Fazendo o cruzamento de uma planta de maravilha que produz flores vermelhas com outra que produz flores brancas e analisando os resultados fenotípicos da geração F1e F2, teríamos:
Agora analizando os resulados genotípicos da geração F1e F2, teríamos:
P: | Flor Branca B B |
V Flor Vermelha V | BV cor-de-rosa | BV cor-de-rosa |
VB cor-de-rosa | VB cor-de-rosa |
F1 = 100% VB (flores cor-de-rosa)
Cruzando, agora, duas plantas heterozigotas (flores cor-de-rosa), teríamos:
F1 | Flor cor-de-rosa V B |
| VV Vermelha | BV cor-de-rosa |
VB cor-de-rosa | BB Branca |
F2 = Genótipos: 1/4 VV, 1/2 VB, 1/4 BB.
Fenótipo: 1/4 plantas com flores vermelhas
1/2 plantas com flores cor-de-rosa
1/4 plantas com flores brancas
Alelos letais
As mutações que ocorrem nos seres vivos são totalmente aleatórias e, às vezes, surgem variedades genéticas que podem levar a morte do portador antes do nascimento ou, caso ele sobreviva, antes de atingir a maturidade sexual. Esses genes que conduzem à morte do portador, são conhecidos como alelos letais. Por exemplo, em uma espécie de planta existe o gene C, dominante, responsável pela coloração verde das folhas. O alelo recessivo c, condiciona a ausência de coloração nas folhas, portanto o homozigoto recessivo cc morre ainda na fase jovem da planta, pois esta precisa do pigmento verde para produzir energia através da fotossíntese. O heterozigoto é uma planta saudável, mas não tão eficiente na captação de energia solar, pela coloração verde clara em suas folhas. Assim, se cruzarmos duas plantas heterozigotas, de folhas verdes claras, resultará na proporção 2:1 fenótipos entre os descendentes, ao invés da proporção de 3:1 que seria esperada se fosse um caso clássico de monoibridismo (cruzamento entre dois indivíduos heterozigotos para um único gene). No caso das plantas o homozigoto recessivo morre logo após germinar, o que conduz a proporção 2:1.
P | Planta com folhas verde claras C c |
C Planta com folhas verde claras c
| CC Verde escuro | Cc Verde clara |
Cc Verde clara | cc Inviável |
F1 = Fenótipo: 2/3 Verde clara
1/3 Verde escura
Genótipo: 2/3 Cc
1/3 CC
Esse curioso caso de genes letais foi descoberto em 1904 pelo geneticista francês Cuénot, que estranhava o fato de a proporção de 3:1 não ser obedecida. Logo, concluiu se tratar de uma caso de gene recessivo que atuava como letal quando em dose dupla.
No homem, alguns genes letais provocam a morte do feto. É o caso dos genes para acondroplasia, por exemplo. Trata-se de uma anomalia provocada por gene dominante que, em dose dupla, acarreta a morte do feto, mas em dose simples ocasiona um tipo de nanismo, entre outras alterações.
Há genes letais no homem, que se manifestam depois do nascimento, alguns na infância e outros na idade adulta. Na infância, por exemplo, temos os causadores da fibrose cística e dadistrofia muscular de Duchenne (anomalia que acarreta a degeneração da bainha de mielina nos nervos). Dentre os que se expressam tardiamente na vida do portador, estão os causadores da doença de Huntington, em que há a deterioração do tecido nervoso, com perde de células principalmente em uma parte do cérebro, acarretando perda de memória, movimentos involuntários e desequilíbrio emocional.
Como os genes se manifestam
| | Vimos que, em alguns casos, os genes se manifestam com fenótipos bem distintos. Por exemplo, os genes para a cor das sementes em ervilhas manifestam-se com fenótipos bem definidos, sendo encontradas sementes amarelas ou verdes. A essa manifestação gênica bem determinada chamamos de variação gênica descontínua, pois não há fenótipos intermediários. Há herança de características, no entanto, cuja manifestação do gene (também chamada de expressividade) não determina fenótipos tão definidos, mas sim uma gradação de fenótipos. A essa gradação da expressividade do gene, variando desde um fenótipo que mostra leve expressão da característica até sua expressão total, chamamos de norma de reação ou expressividade variável. Por exemplo, os portadores dos genes para braquidactilia (dedos curto) podem apresentar fenótipos variando de dedos levemente mais curtos até a total falta deles. Alguns genes sempre que estão presentes se manifestam, dizemos que são altamente penetrantes. Outros possuem uma penetrância incompleta, ou seja, apenas uma parcela dos portadores do genótipo apresenta o fenótipo correspondente. Observe que o conceito de penetrância está relacionado à expressividade do gene em um conjunto de indivíduos, sendo apresentado em termos percentuais. Assim, por exemplo, podemos falar que a penetrância para o gene para a doença de Huntington é de 100%, o que quer dizer que 100% dos portadores desse gene apresentam (expressam) o fenótipo correspondente.
|
| |
Diferentes graus de braquidactilia pela expressão variável do genótipo. |
Noções de probabilidade em genética
Acredita-se que um dos motivos para as idéias de Mendel permanecerem incompreendidas durante mais de 3 décadas foi o raciocínio matemático que continham. Mendel partiu do princípio que a formação dos gametas seguia as leis da probabilidade, no tocante a distribuição dos fatores.
Princípios básicos de probabilidade
Probabilidade é a chance que um evento tem de ocorrer, entre dois ou mais eventos possíveis. Por exemplo, ao lançarmos uma moeda, qual a chance dela cair com a face ?cara? voltada para cima? E em um baralho de 52 cartas, qual a chance de ser sorteada uma carta do naipe ouros?
| | Eventos aleatórios Eventos como obter ?cara? ao lançar uma moeda, sortear um ?ás? de ouros do baralho, ou obter ?face 6? ao jogar um dado são denominados eventos aleatórios (do latim alea, sorte) porque cada um deles tem a mesma chance de ocorrer em relação a seus respectivos eventos alternativos. Veja a seguir as probabilidades de ocorrência de alguns eventos aleatórios. Tente explicar por que cada um deles ocorre com a probabilidade indicada. |
- A probabilidade de sortear uma carta de espadas de um baralho de 52 cartas é de ¼
- A probabilidade de sortear um rei qualquer de um baralho de 52 cartas é de 1/13.
- A probabilidade de sortear o rei de espadas de um baralho de 52 cartas é de 1/52.
A formação de um determinado tipo de gameta, com um outro alelo de um par de genes, também é um evento aleatório. Um indivíduo heterozigoto Aa tem a mesma probabilidade de formar gametas portadores do alelo A do que de formar gametas com o alelo a (1/2 A: 1/2 a).
Eventos independentes
Quando a ocorrência de um evento não afeta a probabilidade de ocorrência de um outro, fala-se em eventos independentes. Por exemplo, ao lançar várias moedas ao mesmo tempo, ou uma mesma moeda várias vezes consecutivas, um resultado não interfere nos outros. Por isso, cada resultado é um evento independente do outro.
Da mesma maneira, o nascimento de uma criança com um determinado fenótipo é um evento independente em relação ao nascimento de outros filhos do mesmo casal. Por exemplo, imagine uma casal que já teve dois filhos homens; qual a probabilidade que uma terceira criança seja do sexo feminino? Uma vez que a formação de cada filho é um evento independente, a chance de nascer uma menina, supondo que homens e mulheres nasçam com a mesma freqüência, é 1/2 ou 50%, como em qualquer nascimento.
A regra do ?e?
Quando a ocorrência de um evento não afeta a ocorrência do evento seguinte, dizemos que eles são independentes. Quando queremos calcular a probabilidade da ocorrência de eventos independentes de uma vez só, utilizamos a regra do ?e?.
Exemplo: Se jogarmos duas moedas para cima, qual a probabilidade de sair ?cara? nas duas?
Resolução:
O fato de sair ?cara? em uma moeda não afeta a chance de sair ?cara? na outra. Quando acontece esse tipo de evento, multiplicamos as probabilidades dos eventos independentes:
R = 1/4 ou 25%
Em genética utilizamos a mesma linha de raciocínio. Por exemplo: Qual a probabilidade de um casal ter dois filhos do sexo feminino?
Resolução: O nascimento da primeira filha não afeta a chance de o segundo filho ser do sexo feminino, pois a segregação dos alelos de um gene é tão ao acaso quanto jogar uma moeda para cima e obter ?cara? ou ?coroa?. Portanto:
R = 1/4 ou 25%
Regra do ?ou?
A regra do ?ou? é utilizada quando queremos calcular a probabilidade de ocorrer um evento ou outro numa mesma oportunidade.
Por exemplo: Qual a chance de sair ?cara? ou ?coroa? em uma jogada de moeda?
Resolução: Esses dois eventos não ocorrem juntos, pois é um ou o outro, logo são mutuamente exclusivos. Quando temos esse tipo de situação, somamos as duas probabilidades:
R = 1
Exemplo 2:
Qual a probabilidade de um casal ter dois filhos, sendo um menino e uma menina?
Resolução: Para responder esta questão, utilizaremos as duas regras:
| OU | |
R = 1/2
Alelos múltiplos na determinação de um caráter
Como sabemos, genes alelos são os que atuam na determinação de um mesmo caráter e estão presentes nos mesmo loci (plural de lócus, do latim, local) em cromossomos homólogos. Até agora, só estudamos casos em que só existiam dois tipos de alelos para uma dada característica (alelos simples), mas há caso em que mais de dois tipos de alelos estão presentes na determinação de um determinado caráter na população. Esse tipo de herança é conhecido como alelos múltiplos (ou polialelia).
Apesar de poderem existir mais de dois alelos para a determinação de um determinado caráter, um indivíduo diplóide apresenta apenas um par de alelos para a determinação dessa característica, isto é, um alelo em cada lócus do cromossomo que constitui o par homólogo.
São bastante frequentes os casos de alelos múltiplos tanto em animais como em vegetais, mas são clássicos os exemplos de polialelia na determinação da cor da pelagem em coelhos e na determinação dos grupos sanguíneos do sistema ABO em humanos.
Um exemplo bem interessante e de fácil compreensão, é a determinação da pelagem em coelhos, onde podemos observar a manifestação genética de uma série com quatro genes alelos: o primeiro C, expressando a cor Aguti ou Selvagem; o segundo Cch, transmitindo a cor Chinchila; o terceiro Ch, representando a cor Himalaia; e o quarto alelo Ca, responsável pela cor Albina.
Sendo a relação de dominância ? C > Cch > Ch > Ca
O gene C é dominante sobre todos os outros três, o Cchdominante em relação ao himalaia e ao albino, porém recessivo perante o aguti, e assim sucessivamente. | | |
O quadro abaixo representa as combinações entre os alelos e os fenótipos resultantes.
Genótipo | Fenótipo |
CC, C Cch, C Che C Ca | Selvagem ou aguti |
CchCch, CchChe CchCa | Chinchila |
ChCh e Ch Ca | Himalaia |
CaCa | Albino |
A diferença na cor da pelagem do coelho em relação à cor da semente das ervilhas é que agora temos mais genes diferentes atuando (4), em relação aos dois genes clássicos. No entanto, é fundamental saber a 1ª lei de Mendel continua sendo obedecida, isto é, para a determinação da cor da pelagem, o coelho terá dois dos quatro genes. A novidade é que o número de genótipos e fenótipos é maior quando comparado, por exemplo, com a cor da semente de ervilha.
O surgimento dos alelos múltiplos (polialelia) deve-se a uma das propriedades do material genético, que é a de sofrer mutações. Assim, acredita-se que a partir do gene C (aguti), por um erro acidental na duplicação do DNA, originou-se o gene Cch (chinchila). A existência de alelos múltiplos é interessante para a espécie, pois haverá maior variabilidade genética, possibilitando mais oportunidade para adaptação ao ambiente (seleção natural).
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel6.php
Exercícios
1) A galactosemia é uma doença que leva a problemas na metabolização da galactose e é causada por um gene autossômico recessivo. Para análise, considere ?G? para o alelo dominante e ?g? para o alelo recessivo. Nesse sentido, um homem heterozigoto (Gg) casou-se com uma mulher também heterozigota (Gg). Em relação às probabilidades de os descendentes desse casal apresentarem galactosemia, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
1) Espera-se que nenhum dos descendentes apresente galactosemia.
2) Espera-se que 50 % dos descendentes sejam galactosêmicos.
4) Espera-se que todos os descendentes apresentem galactosemia.
8) Espera-se que 25 % dos descendentes sejam normais homozigotos (GG).
16) Espera-se que 100 % dos descendentes sejam normais heterozigotos (Gg).
32) Espera-se que 25 % dos descendentes apresentem galactosemia.
1) O albinismo, ausência total de pigmento, é devido a um alelo recessivo. Um casal deseja saber a probabilidade de ter uma criança albina. Qual será essa probabilidade se:
a. Ambos têm pigmentação normal, mas cada um tem um genitor albino?
b. O homem é albino, a mulher normal, mas o pai dela é albino?
c. O homem é albino e a família da mulher não inclui albinos por, pelo menos, 3 gerações, incluindo 85 pessoas entre irmãos, tios, sobrinhos e primos?
a. aaO -----O O -----@aa
Aa O--------O Aa p = 1/4
@ aa
b. O-----@aa
aa@-------OAa p = 1/2
@aa
c. aa@-----OAA
OAa p = 0
2.3. Há um casal, em que ambos são heterozigotos e normais para um dado caráter. Qual é a probabilidade de terem:
a. Um filho anormal?
Aa-------Aa
aa p = 1/4
P = 1/4 x 1/2 = 1/8
b. Uma filha normal?
P = 1/2 x 3/4 = 3/8
c. Duas filhas normais?
P = (3/8)2 = 9/64
d. Três filhos anormais?
P = (1/8)3 = 1/512
e. Duas filhas normais e três filhos anormais?
P = 5! / (2! 3!) x (3/8)2 x (1/8)3 = (5 x 4 x 3 x 2) / (2 x 3 x 2) x 9/64 x 1/512 = 90 / 32768
2) Sabendo-se que 51% dos nascimentos de certa população são do sexo masculino, se sortearmos 5 certidões do arquivo de nascimentos desta população, qual a probabilidade estimada de que 3 registros sejam do sexo masculino?
Nascimento do sexo masculino = p e Nascimento do sexo feminino = q
Esta seqüência nos interessaria: h, h, h, m, m. Sua freqüência é p3q2
Como a ordem não interessa, temos que pensar em todas as combinações possíveis.
Há 10 modos de sorteamos 3 registros masculinos em 5:
h h h m m - h h m m h - h h m h m - h m m h h - h m h m h
h m h h m - m m h h h - m h m h h - m h h h m - m h h m h
Como cada uma das seqüências tem a mesma probabilidade de ocorrência (p3q2), a probabilidade estimada de obtermos a seqüência 1 ou 2 ou 3 ou ... ou 10 é 10 p3q2
Lembrando que p = 0,51, então q = 1 - p = 0,49
Portanto, P (3h e 2m) = 10 p3q2 = 10 . 0,513 . 0,492 = 10 . 0,132651 . 0,2401 = 0,3185 = 31,85%
3) Um homem míope e albino casou-se com uma mulher de pigmentação e visão normais, porém filha de pai também míope e albino. Sendo a miopia e o albinismo caracteres recessivos, quais as probabilidades desse casal ter:
a. Uma criança de visão e pigmentação normais?
a.1/2 b.1/4 c.3/4 d.1/8 e.1/16
Resolução usando Genética:
..........................................©-------O míope, albino (mmaa)
míope, albino (mm aa) O----------© normal, normal (Mm Aa)
GAMETAS ma........................ MA, Ma, mA e ma
FILHOS........MmAa, Mmaa, mmAa e mmaa ... P = 1/4 ... resposta b
b. Uma filha míope e albina?
a.1/2 b.1/4 c.3/4 d.1/8 e.1/16
filha, míope e albina
1/2 x 1/2 x 1/2 .................................... P = 1/8 ... resposta d
c. 2 crianças míopes e 4 albinas?
P = 6! / (2! 4!) x (1/2)2 x (1/2)4 = 15 x 1/4 x 1/16 = 15/64 = 0,23437
4) Considerando uma certa anomalia que tem probabilidade de 0,5 de se manifestar em filhos de casais que incluem 1 cônjuge afetado. Analisando irmandades de diferentes tamanhos geradas por esses casais, qual a probabilidade de encontrarmos pelo menos 7 anômalos nas irmandades com 12 irmãos?
Usando o Triângulo de Pascal : Para se determinar os coeficientes da equação, monta-se o Triângulo até atingir o n desejado:
no. genes | coeficientes |
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 | 1 11 1 2 1 1 3 3 1 1 4 4 6 4 1 1 5 10 10 5 1 1 6 15 20 15 6 1 1 7 21 35 35 21 7 1 1 8 28 56 70 56 28 8 1 1 9 36 84 126 126 84 36 9 1 1 10 45 120 210 252 210 120 45 10 1 1 11 55 165 330 462 462 330 165 55 11 1 1 12 66 220 495 792 924 792 495 220 66 12 1 |
Portanto, a equação será:
1p12 q0 + 12 p11 q1 + 66p10q2 + 220p9 q3 + 495p8 q4 + 792p7 q5 + 924p6 q6 +
+ 792p5 q7 + 495 p4 q8 + 220p3q9 + 66p2 q10 + 12p1 q11 + 1p0 q12
Sendo p = normalidade e q = anomalia, como o problema pede "pelo menos 7 anômalos nas irmandades com 12 irmãos" nos interessa apenas essa parte da equação:
P (792p5 q7 + 495 p4 q8 + 220p3q9 + 66p2 q10 + 12p1 q11 + 1p0 q12 ) =
= 792 ½5 ½7 + 495 ½4 ½8 + 220 ½3 ½9 + 66 ½2 ½10 + 12 ½1 ½11 + 1 ½0 ½12 =
= 792 x 1/32 x 1/128 + 495 x 1/16 x 1/256 + 220 x 1/8 x 1/512 + 66 x 1/4 x 1/1024 + 12 x 1/2 x 2048 + 1/4096 =
= 792 / 4096 + 495 / 4096 + 220 / 4096 + 66 / 4096 + 12 / 4096 + 1/ 4096 =
= 1.586 / 4096 = 0,3872070 = 38,72%
5) A incidência de uma anomalia congênita é 0,5 por 1000 recém-nascidos. Em uma amostra de 2.000 recém-nascidos, qual é a probabilidade de ela não incluir casos dessa anomalia?
n = 100, log n = 2 e u = 0,5 /1000 x 2000 = 1
Número esperado de amostras com 0 anômalos = n / eu
n / eu = log n - u log e = log 100 - 1 x 0,434295 = 2 - 0,434295 = 1,565705
número esperado com 0 anômalos = antilog 1,565705 = 10 1,565705 = 36,7879 = 37%
Portanto, uma amostra de 2000 RN têm 37% de não incluir casos com tal anomalia.
extra1. Qual é a probabilidade de ela incluir um caso dessa anomalia?
Número esperado de amostras com 1 anômalo = nu / eu
nu / eu = log n + log u - u log e = log 100 + log 1 - 1 x 0,434295
= 2 + 0 - 0,434295 = 1,565705
número esperado com 1 anômalo = antilog 1,565705 10 1,565705 = 36,7879 = 37%
extra2. Qual é a probabilidade de ela incluir dois casos dessa anomalia?
Número esperado de amostras com 2 anômalos = nu2 / 2eu
= nu2 / 2eu = log n + 2log u - (log 2 + u log e) = log n + 2log u - log 2 - u log e)
= log 100 + 2 x 0 - 0,301030 - 1 x 0,434295
= 2 + - 0,301030 - 0,434295 = 1,264675
6) A galactosemia é uma doença que leva a problemas na metabolização da galactose e é causada por um gene autossômico recessivo. Para análise, considere ?G? para o alelo dominante e ?g? para o alelo recessivo. Nesse sentido, um homem heterozigoto (Gg) casou-se com uma mulher também heterozigota (Gg). Em relação às probabilidades de os descendentes desse casal apresentarem galactosemia, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
1) Espera-se que nenhum dos descendentes apresente galactosemia.
2) Espera-se que 50 % dos descendentes sejam galactosêmicos.
4) Espera-se que todos os descendentes apresentem galactosemia.
8) Espera-se que 25 % dos descendentes sejam normais homozigotos (GG).
16) Espera-se que 100 % dos descendentes sejam normais heterozigotos (Gg).
32) Espera-se que 25 % dos descendentes apresentem galactosemia.
7) (MACK ? SP) A probabilidade de um casal ter um filho do sexo masculino é 0,25. Determine a probabilidade de o casal ter dois filhos de sexos diferentes.
8) Suponhamos que a cor dos olhos seja estabelecida por pares de genes, onde C seja dominante para olho escuro e c recessivo para olho claro. Um homem que possua os olhos escuros, mas com mãe de olhos claros, casou-se com uma mulher de olhos claros cujo pai possui olhos escuros. Determine a probabilidade de nascer uma menina de olhos claros.
9) (F. Objetivo-SP). Qual a probabilidade de um casal de olhos castanhos em
que ambos os cônjuges são heterozigotos ter 3 filhas de olhos castanhos e 2
filhos de olhos azuis?
a) 27/164
b) 3/8
c) 64/126
d) 270/32768
e) 0%
10) Qual é a prole de um coelho selvagem heterozigoto para himalaia com uma fêmea chinchila heterozigota para albina?
a) selvagem 50% - chinchila 25% - albino 25%
b) selvagem, chinchila, himalaia e albino - 25% cada
c) selvagem 50% - chinchila 25% - himalaia 25% <<<
d) selvagem 25% - chinchila 50% - himalaia 25%
e) Nenhum dos itens é correto.
Gabarito:
6) 08 e 32 7) Se a chance de ter filho do sexo masculino é de 0,25, então a chance de ter um filho do sexo feminino será:
Feminino = 1 ? 0,25 = 0,75 = 75%
Masculino = 0,25 = 25%
Filhos de sexos diferentes:
Masculino x Feminino = 0,25 * 0,75 = 0,1875
Feminino x Masculino = 0,75 * 0,25 = 0,1875
A chance de ter dois filhos de sexos diferentes é:
Masculino x Feminino ou Feminino x Masculino = 2 * 0,1875 = 0,375 = 37,5%
8) Os pares de genes do homem são: C (dominante) e c (recessivo), pois ele possui olhos escuros, mas a mãe era de olhos claros. Portanto, olho escuro (Cc).
9) Chamaremos de p a probabilidade de nascer uma criança de olhos castanhos, que é de 3/4 (AA, Aa e Aa) e q a probabilidade de nascer uma criança de olhos azuis, que é de 1/4 (aa), teremos o termo p³q² a probabilidade de nascerem 3 crianças de olhos castanhos e 2 de olhos azuis. Este termo tem um coeficiente que pode ser obtido usando o triângulo de Pascal, e este coeficeiente é 10. Ou seja a probabilidade de nascerem 3 crianças de olhos castanhos e 2 de olhos azuis é 10.p³.q² = 10 . 27/64 . 1/16 = 270/1024.
Calculando agora a probabilidade de nascerem 3 meninas e 2 meninos, teremos 1/25 = 1/32
Juntando tudo temos 270/1024 x 1/32 = 270/32768
10) São 4 alelos em indivíduos diplóides.
Genótipos:
C - Selvagem Cada um é dominante sobre o que está logo abaixo na lista.
Cch - Chinchila ( C > Cch + ch + ca , Cch > ch + ca , ch > ca )
ch - Himalaia Assim, um cruzamento de um Selvagem heterozigoto para himalaia com uma chinchila
ca - Albino heterozigota pra albino é representada assim:
C ch x Cch ca
C Cch = selvagem
C ca = selvagem
Cch ch = chinchila : selvagem 50% - chinchila 25% - himalaia 25%
ch ca = himalaia
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