Em 1945 houve o termino da 2ª Guerra Mundial, milhões de mortos na Europa, o holocausto, a queda de Hitler, o homem que ordenou a morte de milhões de judeus nos campos de concentração, as bombas atômicas, que causaram a morte instantânea de milhões de japoneses, e posteriormente destruiu a vida de outros. Como se não fosse suficiente Guerra Fria entre o pólo capitalista e o socialista, deixou no ar a ameaça de uma Guerra Nuclear que colocaria toda a humanidade em risco.
Dá-se ai, o inicio de uma nova juventude, de uma nova forma de pensar e contestar, essa oposição ao o que ocorre é feita através de palavras, pois antes os jovens só eram reprimidos, mas quando houve necessidade foram recrutados a guerra.
No Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, há o inicio de um novo período de sua história, esse é marcado pelo desenvolvimento econômico, pela democratização política e pelo surgimento de novas tendências artísticas e culturais.
Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente do Brasil e houve a construção da atual capital do Brasil, a contrução de Brasilia trouxe a industrialização ao Brasil. Neste período houve um imenso exoto rural, as pessoas sairam do sertão em direção as cidades, muitos imigrantes nordestinos vieram em direção as grandes cidades em busca de vidas melhores. Criando um grande problema social no país. A década de 40 foi marcada pelo rádio, mas em 1950, Chateaubriand trouxe a televisão para o Brasil, fazendo com que os programas televisivos fizessem parte da vida dos brasileiros.
Definui-se que a terceira fase do modernismo se iniciou em 1945 e foi até 1960, alguns estudiosos nomeiam essa fase como Pós-moderna e segundo os mesmo esta ainda estaria se desenrolando até a data atual, inicialmente abordaremos o modernismo como o período de 1945 à 1960. O período é representado principalmente pela Prosa, na 3° fase do modernismo há a publicação de vários contos, crônicas e romances. Há também a continuidade de 3 tendencias já ocorridas na 2° fase do modernismo.
Contos que polarizam e conflituam o individuo e o meio social, destacam-se Dalton Trevisan, Rubem Braga, Lygia Fagundes Telles que também produziu romances.
Se concentra na sondagem psicológica, caracteristica marcante das produções de Clarice Lispector. Destacam-se também Lygia Fagundes Telles e Antônio Olavo Pereira.
O primeiro autor da tendencia foi Bernardo Guimarães, no século XIX, a prosa regionalista recebeu inovações linguisticas e temáticas vindas de Guimarães Rosa, que publicou seu primeiro livro, Sagarana, recebendo vários prêmios, mais tarde escreveu Grande Sertão: veredas, um romance que deixa claro a temática da vida no sertão. Outros nomes importantes para a Prosa Regionalista foram Herberto Sales, Mário Palmério e Bernardo Éllis.
Negando a liberdade formal, as irônias, as sátiras e outras características modernistas, os poetas de 45 buscaram uma poesia mais ?equilibrada e séria?, tendo como modelos os Parnasianos e Simbolistas. No fim dos anos 40, surge um poeta singular, não estando filiado esteticamente a nenhuma tendência: João Cabral de Melo Neto.
Outro genero presente é a Poesia, diferente do período antecessor a poesia deste perído está em busca de seriedade e é mais equilibrada, os poetas da fase anterior continuam a produzir, mas estão em constante renovação, formas fixas e classicizates foram retomadas por estes poetas, denominados neoparnasianos. A denominação Neoparnasiano é de fundo pejorativo, partindo do pressuposto de que os autores desta fase opunham-se às características radicais e enérgicas da Primeira Fase Modernista, tendo um comportamento mais formal diante das produções literárias.
Podemos definir a Terceira Fase do Modernismo como um período influenciado por mentes que tentavam mudar, mas ao mesmo tempo retomar certos traços, escrevendo com um tom mais sério, e procurando expressar suas origens pelo regionalismo e tornar a literatura mais brasileira, sair da monotonia e formar uma literatura brasileira, outra característica foi a sondagem psicológica, com o intuito de expressar o interior das mentes de seus personagens, como Clarice Lispector, uma obra exemplar é ?Laços de Família?, a obra de Clarice Lispector traz a necessidade humana de se conhecer e entrar na mentes do outro à tona.
O Concretismo ? a mais importante vanguarda poética após a Semana de 22 ? apareceu nas antologias poéticas chamadas Noigrandes, publicadas pelo grupo que também tem esse nome entre os anos de 1956 e 1962.
Consistindo num antagonismo total em relação aos recursos poéticos tradicionais, e ainda questionando veementemente o próprio conceito de poesia, o Concretismo rompeu com qualquer tipo de discurso tradicional.
Em relação ao verso, os concretistas desintegram-no totalmente. A unidade do poema deixou de ser o verso e passou a ser a palavra, manifestada em três dimensões, simultaneamente:
A palavra libertou-se da distribuição linear da linguagem verbal e aproximou-se do imediatismo da comunicação visual; o espaço do papel passou a integrar o significado do poema.
As experimentações que acrescentaram direções novas ao curso literário no Brasil ganharam corpo com a publicação, em 1943, do romance Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector. A escritora esmiúça nesta obra o interior do ser humano, dando à luz a grandeza da vida e do significado das experiências dos seres.
Três anos mais tarde, em 1946, Guimarães Rosa publicou o livro de contos Sagarana, onde as regiões brasileiras dos sertões indefinidos transcendiam o âmbito da realidade histórica e transformavam-se em espaços de seres míticos.
Clarice Lispector e Guimarães Rosa modificariam completamente a ficção brasileira, dando-lhe a dimensão de dramas psicológicos e de transfiguração regionalista.
As coordenadas estilísticas que regem a ficção experimental do terceiro tempo modernista afastam-se das técnicas tradicionais do romance. A narrativa referencial, ligada a acontecimentos e em ordem cronológica linear, é totalmente rompida.
Uma das marcas flagrantes da ficção experimental é a interiorização do relato ? o chamadofluxo da consciência. Geralmente, as narrativas são centradas em momentos de vivência interior das personagens.
A narração em primeira pessoa proporciona ao relato um intimismo inigualável, assim como lhe outorga verossimilhança. O narrador funciona como uma pessoa que confessa, e o leitor como confidente.
Momentos impressionantes de lirismo estão presentes nas narrativas do terceiro tempo modernista. Revitalizando recurso da expressão poética, tais como ritmo, rima, aliterações cortes e deslocamento da sintaxe, vocabulário insólito, neologismos, a narrativa funde-se com a lírica, abolindo os limites existentes entre os gêneros.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Souza, Jesus Barbosa. Literatura Produção de Textos & Gramática. Editora: Saraiva
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