Era Napoleônica - Questões de Vestibulares
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Era Napoleônica - Questões de Vestibulares


1. (Cesgranrio 2000) 

A criança deve ser protegida contra as práticas que possam levar à discriminação racial, à discriminação religiosa ou a qualquer outra forma de discriminação.
 
Fonte: Quino, TODA A MAFALDA, 1989, Lisboa, Publicações Don Quixote, p.420

Sabemos que, assim como na charge da Mafalda, também durante as diversas fases da Revolução Francesa discutiu-se a questão dos direitos humanos. Foi na Era Napoleônica (1799-1815) que alguns desses direitos foram assegurados e vêm até os dias de hoje, como, por exemplo, a(o):
a) propriedade privada.   
b) organização sindical em todos os trabalhos urbanos.   
c) jornada de trabalho de 8 horas diárias.   
d) greve por parte de todos trabalhadores.   
e) voto universal, incluindo o direito de voto das mulheres.   

2. (Unesp 2011)  Artigo 5.º ? O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.
(...)

Artigo 7.º ? Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum.
Artigo 8.º ? Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. 
(Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.)
Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de
a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno.   
b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais.   
c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica.   
d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus.   
e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa.   
  
3. (Mackenzie 2010)  ?O inimigo é cruel e implacável. Pretende tomar nossas terras regadas com o suor de nossos rostos, tomar nosso cereal, nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo... germanizar os povos da União Soviética e torná-los escravos de príncipes e barões alemães...
(...) em caso de retirada forçada... todo o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo não se deve deixar um único motor, um único vagão de trem, um único quilo de cereal ou galão de combustível. Todos os artigos de valor (...) que não puderem ser retirados, devem ser destruídos sem falta.?

Após 70 anos da 2ª Guerra Mundial, o discurso acima, de Joseph Stálin, nos remete
a) à invasão soviética ao território alemão, marco na derrocada nazista frente à ofensiva Aliada nos fronts Ocidental e Oriental.   
b) à Operação Barbarosa, decorrente da assinatura do Pacto Ribbentrop- Molotov, estopim para a 2ª Guerra Mundial.   
c) ao Anschluss, quando a anexação da Áustria pelo Terceiro Reich provocou a reação soviética contra os alemães.   
d) à estratégia soviética frente à invasão alemã, conhecida como tática da ?terra arrasada?, a mesma utilizada pelos russos contra Napoleão, no início do século XIX.   
e) à Batalha de Stalingrado, uma das mais sangrentas e memoráveis de todo o conflito, decisiva para a vitória Nazista.   
  
4. (Ibmecsp 2009)  A expansão napoleônica no século XIX influenciou decisivamente vários acontecimentos históricos no período. Dentre esses acontecimentos podemos destacar:
a) A Independência dos Estados Unidos. Com a atenção da Inglaterra voltada para as batalhas com a marinha napoleônica, os colonos americanos declararam sua independência, vencendo rapidamente os ingleses.   
b) A formação da Santa Aliança, um pacto militar entre Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia que evitou a eclosão de movimentos revolucionários na Europa e impediu a independência das colônias espanholas e inglesas na América.   
c) A Independência do Brasil. Com a ocupação de Portugal pelas tropas napoleônicas, houve um enfraquecimento da monarquia portuguesa que culminou com as lutas pela independência e o rompimento de D. Pedro I com Portugal.   
d) A Independência das colônias espanholas. Em 1808 a Espanha foi ocupada pelas tropas napoleônicas ao mesmo tempo em que se difundiam os ideais liberais da Revolução Francesa que inspirou as lutas pela independência.   
e) O Congresso de Viena. A França de Napoleão assinou um pacto com a Áustria, Inglaterra e Rússia cujo objetivo maior era estabelecer uma trégua e reorganizar todo o mapa europeu.   
  
5. (Ufc 2008)  Entre 1792 e 1815, a Europa esteve em guerra quase permanente. No final, os exércitos napoleônicos foram derrotados. Em seguida, as potências vencedoras, Rússia, Prússia, Grã-Bretanha e Áustria, conjuntamente com a França, reuniram-se no Congresso de Viena, que teve como consequência política a formação da Santa Aliança. A partir do comentário acima, marque a alternativa que contenha duas decisões geopolíticas aprovadas pelo citado Congresso:
a) defesa do liberalismo e auxílio aos movimentos socialistas na Europa.   
b) restabelecimento das fronteiras anteriores a  1789 e isolamento da França do cenário político europeu.   
c) valorização das aristocracias em toda a Europa continental e ascensão dos girondinos no governo da França a partir de 1815.   
d) reentronização das casas reais destituídas pelos exércitos napoleônicos e criação de um pacto político de equilíbrio entre as potências europeias.   
e) apoio aos movimentos republicanos e concentração de poderes na coroa britânica, permitindo a esta a utilização da sua marinha de guerra como instrumento contra-revolucionário.   
  
6. (Puc-rio 2008)  Como general, cônsul e, depois, imperador, Napoleão Bonaparte transformou a França de um país sitiado numa potência expansionista com influência em todo o continente europeu. No entanto, a expansão francesa com seus ideais burgueses encontrou muitas resistências principalmente entre as nações dominadas por setores aristocráticos.
Assinale a opção que identifica corretamente uma ação implementada pelo governo napoleônico.
a) O estabelecimento do catolicismo cristão e romano como religião de estado.   
b) A descentralização das atividades econômicas, o que permitia que as economias locais prosperassem sem o pagamento de impostos.   
c) A adoção do Código Civil que garantia a liberdade individual, a igualdade perante a lei e o direito à propriedade privada.   
d) O estímulo, por parte das leis francesas, à criação de sindicatos de trabalhadores, livres da influência do Estado.   
e) A estatização de toda a propriedade agrícola, comercial e industrial nas regiões dominadas pelo exército napoleônico.   
  
7. (Fgv 2008)  Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão, em que eles viam o herdeiro da Revolução, e a escolha de Viena para a realização do Congresso, para a sede dos representantes de todos os Estados europeus, é simbólica, pois Viena era uma das únicas cidades que não haviam sido sacudidas pela Revolução e a dinastia dos Habsburgos era o símbolo da ordem tradicional, da Contra-Reforma, do Antigo Regime.
             (René Remond, "O século XIX: introdução à história do nosso tempo")

 Acerca do Congresso de Viena (1815), é correto afirmar que
a) tornou-se a mais importante referência da vitória do liberalismo na Europa, na medida em que defendia a legitimidade de todas as dinastias que aceitavam a limitação dos seus poderes por meio de cartas constitucionais.    
b) países como a Inglaterra, Portugal e a Espanha, os mais prejudicados com o expansionismo napoleônico, defendiam que a França deveria tornar-se republicana, com o intuito de evitar novos surtos revolucionários.   
c) foi orientado, entre outros, pelo princípio da legitimidade - que determinava a volta ao poder das antigas dinastias reinantes no período pré-revolucionário, além do recebimento de volta dos territórios que possuíam em 1789.   
d) presidido pelo chanceler austríaco Metternich, mas controlado pelo chanceler francês Talleyrand, decidiu-se por uma solução conciliatória após o caos napoleônico: haveria a restauração das dinastias, mas não a volta das antigas fronteiras.   
e) criou, a partir da sugestão do representante da Prússia, um organismo multinacional, a Santa Aliança, que detinha a tarefa de incentivar regimes absolutistas a se modernizarem com o objetivo de sufocar as lutas populares.   
  
8. (Ufrgs 2007)  Após a Revolução de 1789, a França viveu um período de grande instabilidade, marcado pelo radicalismo e pela constante ameaça externa.
Assinale a alternativa correta em relação a esse período.
a)  Com a queda da Bastilha, símbolo do autoritarismo real, os deputados da Assembleia Constituinte, aproveitando o momento político, proclamaram a República, pondo um termo final ao Antigo Regime.  
b) Em meio ao caos provocado pela fuga do Rei e pela derrocada da Monarquia, iniciou-se, em Paris, a criação de uma sociedade baseada nos ideais socialistas, a Comuna de Paris.  
c)  O período conhecido como o Grande Terror foi protagonizado pelo jacobino Robespierre, que posteriormente foi derrubado por Napoleão, um general que se destacara por sua trajetória vitoriosa.  
d)  O golpe de 18 Brumário representou a queda do Diretório, regime que se pretendia representante dos interesses burgueses, mas que era inepto a governar.  
e)  Durante um curto período de tempo, após a queda de Bastilha, a França vivenciou uma Monarquia Constitucional, mas, na prática, o Rei ainda mantinha a mesma autoridade de antes.  
  
9. (Ufc 2006)  Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma realização de Napoleão Bonaparte, que representou uma consolidação das ideias da Revolução Francesa.
a) O impedimento do retorno do uso de títulos de nobreza, reivindicado pelos seus generais e pela burguesia francesa que desejava tornar-se a nova elite do país.   
b) A criação do Código Civil, inspirado no direito romano e nas leis do período revolucionário, que, na sua essência, vigora até hoje na França.    
c) A abolição da escravidão nas colônias francesas, reafirmando o princípio da liberdade presente na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.    
d) A realização de uma reforma agrária, prometida, mas não efetivada, pelos jacobinos, o que garantiu a popularidade de Napoleão entre os camponeses. 
e) A criação da Constituição Civil do Clero, que proibiu toda forma de culto religioso no território francês.   
  
10. (Unesp 2005)  Durante o império de Napoleão Bonaparte (1804-1814), foi instituído um Catecismo, que orientava a relação dos indivíduos com o Estado. 
O cristão deve aos príncipes que o governam, e nós devemos particularmente a Napoleão 1o, nosso imperador, amor, respeito, obediência, fidelidade, serviço militar, os impostos exigidos para a conservação e defesa do império e de seu trono; nós lhe devemos ainda orações fervorosas pela sua salvação, e pela prosperidade espiritual e material do Estado.

            (Catecismo Imperial de 1806.) 
O conteúdo do Catecismo contradiz o princípio político da cidadania estabelecido pela Revolução de 1789, porque
a) o cidadão participa diretamente das decisões, sem representantes políticos e comandantes militares.   
b) a cobrança de impostos pelo Estado impede que o cidadão tenha consciência de seus direitos.   
c) a cidadania e a democracia são incompatíveis com as formas políticas da monarquia e do império.   
d) o cidadão foi forçado, sob o bonapartismo, a romper com o cristianismo e o papado.   
e) o cidadão reconhece os poderes estabelecidos por ele e obedientes a leis.   
11. (Ufmg 2004)  Leia este texto: 
Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa. Se nada sobrou do império continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo Regime, por toda parte onde encontrou tempo para fazê-lo; por isso também, seu reinado prolongou a Revolução, e ele foi o soldado desta, como seus inimigos jamais cessaram de proclamar.

LEFEBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo: IBRASA, 1966. p. 573. 
Tendo-se em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras conduzidas por Bonaparte, é CORRETO afirmar que
a) os governos sob influência de Napoleão investiram no fortalecimento das corporações de ofício e dos monopólios.   
b) as transformações provocadas pelas conquistas napoleônicas implicaram o fortalecimento das formas de trabalho compulsório.   
c) Napoleão, em todas as regiões conquistadas, derrubou o sistema monárquico e implantou repúblicas.   
d) o domínio napoleônico levou a uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu pequenos territórios, antes autônomos, e criou, assim, Estados maiores.   
  
12. (Ufrgs 2004)  Por volta de 1811, o Império napoleônico atingiu o seu apogeu. Direta ou indiretamente, Napoleão dominou mais da metade do continente europeu. Tal conjuntura, no entanto, reforçou os sentimentos nacionalistas da população dessas regiões. A ideia de nação, inspirada nas próprias concepções francesas, passou a ser uma arma desses nacionalistas contra Napoleão.

Assinale a afirmação correta, relativa à conjuntura acima delineada.
a) Após o bloqueio continental, em todos os Estados submetidos à dominação napoleônica, os operários e os camponeses, beneficiados pela prosperidade econômica, atuaram na defesa de Napoleão contra o nacionalismo das elites locais.   
b) A Inglaterra, procurando manter-se longe dos problemas do continente, isolou-se e não interveio nos conflitos desencadeados pelos anseios de Napoleão de construir um Império.   
c) A Espanha, vinculada à França pela dinastia dos Bourbon desde o século XVIII, não reagiu à dominação francesa. Em nome do respeito às suas tradições e ao seu nacionalismo, a Espanha aceitou a soberania estrangeira imposta por Napoleão.   
d) Em 1812, Napoleão estabeleceu sólida aliança com o Papa, provocando a adesão generalizada dos católicos. Temporariamente, os surtos nacionalistas foram controlados, o que o levou a garantir suas progressivas vitórias na Rússia.   
e) Herdeira da Filosofia das Luzes, a ideia de nação, tal como difundida na França, fundou-se sobre uma concepção universalista do homem e de seus direitos naturais. Essa concepção, porém, pressupunha o princípio do direito dos povos de dispor sobre si mesmos.   

13. (Ufrrj 2000) 
ordens de Napoleão: soldados franceses queimando importações britânicas em 1810.
            (HENDERSON, W. O. "A revolução Industrial. São Paulo", Verbo/EDUSP, 1979. p.27.)

 A explicação para o quadro anterior está
a) na repulsa da população francesa aos produtos ingleses vendidos na Europa Continental, em geral muito caros e de péssima qualidade.   
b) no protesto de operários franceses contra o desemprego causado na Inglaterra pela introdução de máquinas no processo produtivo (início da chamada "Revolução Industrial').   
c) na disputa, até militar, entre uma Inglaterra já em acelerado estado de industrialização e uma França que busca o mesmo intento, abrindo concorrência ao produto inglês.   
d) na tentativa francesa de evitar que matérias-primas, mais baratas, oriundas da Inglaterra, arruinassem os produtos franceses.   
e) na revolta dos franceses contra o apoio dado pela monarquia inglesa à Família Real portuguesa quando esta decidiu retornar à Europa, após sua estadia no Brasil.   

14. (Ueg 2012)  Em 1804, Napoleão Bonaparte recebeu o título de Imperador, mediante um plebiscito. Durante sua cerimônia de coroação, ele retirou do Papa a coroa e colocou-a em sua cabeça com as próprias mãos. Esse gesto ousado representou
a) o rompimento entre a Igreja Católica Romana e o novo Estado Revolucionário Francês.   
b) que Napoleão estava assumindo todas as responsabilidades do Poder Moderador na França.   
c) que Napoleão, símbolo máximo da força da burguesia, considerava-se mais importante que a tradição da Igreja.   
d) a criação de uma religião de Estado, tendo como figura central o Imperador, a exemplo do Anglicanismo inglês.   





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