Biografia e obras de Victor Meirelles
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Biografia e obras de Victor Meirelles




Victor Meirelles de Lima (Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, 18 de Agosto de 1832 ? Rio de Janeiro, 22 de Fevereiro de 1903) foi um pintor e professor brasileiro. Seu primeiro mestre de desenho foi o engenheiro argentino Marciano Moreno. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro e se matriculou na Academia Imperial de Belas Artes onde cursou de pintura histórica.

Como ainda não havia ensino superior no país, a saída era fazer faculdade na Europa, para quem podia pagar ou conseguia uma bolsa. Foi o caso de Victor , que conquistou uma bolsa e foi estudar pintura na Itália e na França, em 1853. Em Roma, assistiu às aulas dos pintores Tommaso Minardi (1787-1871) e Nicola Consoni (1814-1884).

Quatro anos mais tarde, ganhou uma extensão da bolsa e matriculou-se na Escola Superior de Belas Artes, em Paris. Nas aulas com o mestre Leon Cogniet (1794-1880) e com Andrea Gastaldi (1810-1889), entrou em contato com a pintura purista, de desenho e cores mais suaves que na escola neoclássica, então em voga.

Meirelles estudou as obras dos artistas da Escola Veneziana, Ticiano (1488-1576) e Veronese (1528-1588).

Consagrado como pintor histórico, seu quadro mais reproduzido nos livros escolares é "A Primeira Missa no Brasil", feito durante sua estadia na França e exposto no Salão de Paris de 1861. Retrata a primeira missa da maneira como foi descrita na carta de Pero Vaz de Caminha, e muitos intelectuais do século 19 o consideraram como a primeira grande obra de arte brasileira.


A primeira missa no Brasil, 1861. Museu Nacional de Belas Artes.

Nesse mesmo ano retornou ao Brasil e foi nomeado professor de pintura histórica da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio. 

Em 1871 pintou o Juramento da Princesa Regente, e em 1875 iniciou os esboços para uma outra grande obra histórica, a Batalha dos Guararapes, aceitando um projeto que fora recusado por Pedro Américo, que preferiu trabalhar sobre a Batalha de Avaí. Como fizera antes, deslocou-se à região onde ocorrera o conflito para conceber a composição com maior verdade. Ambas as obras foram expostas no Salão acadêmico daquele ano, desencadeando a maior polêmica entre a crítica que até então se travou no Brasil. Enquanto uns reconheciam as habilidades dos pintores, outros o acusavam de plágio. A discussão tomou os jornais e revistas durante meses.


Em 1883 estava de novo na Europa, onde fez uma nova versão do Combate Naval de Riachuelo, que se perdera, e na Bélgica iniciou em 1885 a execução do Panorama do Rio de Janeiro, uma vasta paisagem de 115 metros de extensão, tomada a partir do morro do Santo Antônio. Para isso, contou com a ajuda do belga Henri Langerock. Em 1887 a pintura foi exposta em Bruxelas, fazendo uso de um cilindro giratório que permitia aos espectadores contemplar as vistas em 360 graus. Em 1889 a obra foi exposta na Exposição Universal de Paris, onde recebeu medalha de ouro, e, posteriormente, no Rio de Janeiro. No Brasil, Victor Meirelles produziu outras pinturas nessa linha, como o Panorama da Entrada da Esquadra Legal - Revolta da Armada e o Panorama do Descobrimento do Brasil.


Estudo para o Panorama do Descobrimento do Brasil, 1893. Museu Nacional de Belas Artes
Estudo para o Panorama do Descobrimento do Brasil, 1893. Museu Nacional de Belas Artes

Exerceu o cargo até 1890 e formou uma geração de pintores importantes.

Duas de suas maiores telas, "Combate naval de Riachuelo" também conhecido como "Batalha de Riachuelo" e "Passagem do Humaitá" foram feitas nos anos seguintes.

Na Exposição Geral de Belas Artes, Victor expôs a pintura "Batalha dos Guararapes" ao lado da "Batalha do Avaí", de Pedro Américo. A apresentação das duas obras, a primeira sobre a luta contra os holandeses e a segunda sobre a guerra do Paraguai, gerou uma grande polêmica, sobre quem seria o autor do melhor quadro.

Meirelles, cansado da pintura histórica, criou uma empresa especializada em pintar de panoramas, a partir de 1886: "Panorama Circular da Cidade do Rio de Janeiro" foi feito na Bélgica, em parceria com Henri Langerock (1830-1915) e "Entrada da Esquadra Legal no Porto do Rio de Janeiro em 1894". A Academia Imperial passou a ser Escola Nacional de Belas Artes, com a proclamação da República (1889), e os antigos professores, como Victor, foram demitidos. Ele passou a ser marginalizado, visto como pintor da monarquia.



Batalha dos Guararapes, 1879. Museu Nacional de Belas Artes.



    Principais obras de Victor Meirelles

    - São João Batista no Cárcere (1852)
    - A Primeira Missa no Brasil (1861)
    - Passagem de Humaitá (1868)
    - Combate Naval de Riachuelo (1872)
    - Batalha de Guararapes (1879)




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